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Corrupção 19/12/2025 13:47

Se tiver filho meu metido nisso será investigado, diz Lula sobre apuração de desvios do INSS

Se tiver filho meu metido nisso será investigado, diz Lula sobre apuração de desvios do INSS

O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (18) que caso seu filho estiver envolvido nas fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) , ele será investigado.

Ele foi questionado sobre possíveis ligações de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, com o Careca do INSS, que é um dos principais alvos de investigação da PF (Polícia Federal) que apura fraudes nos descontos associativos do INSS.

“Ninguém ficará livre. Se tiver filho meu metido nisso será investigado. Se tiver o [ministro da Fazenda Fernando] Haddad vai ser investigado, o [ministro-chefe da Casa Civil] Rui Costa com essa seriedade vai ser investigado”, afirmou.

“Não é possível admitir em país que milhões de aposentados ganham salário mínimo alguém tentando expropriar dinheiro de aposentado com promessas falsas. O que eu posso dizer é que naquilo que depender da Presidência da República tudo será feito para que a gente dê lição para esse país”, continuou.

O nome de Lulinha apareceu na CPMI do INSS após reportagem do portal Poder360 mostrar que uma testemunha contou em depoimento à Polícia Federal que o filho do presidente recebia mesada de R$ 300 mil do Careca do INSS.

Este é o apelido do empresário e lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, preso desde setembro, após a investigação indicar que ele teria pagado propina a servidores do INSS e do Ministério da Previdência para facilitar os descontos indevidos nas contas dos aposentados.

Lulinha também teria recebido, segundo essa mesma testemunha, a quantia de 25 milhões (não se sabe em qual moeda) do Careca do INSS e feito viagens com o empresário para Portugal. A testemunha é Edson Claro, ex-funcionário do Careca.

Nesta semana, o portal Metrópoles mostrou que Lulinha e o Careca do INSS voaram no mesmo avião para Portugal, na primeira classe.

A investigação da PF teve uma nova operação nesta quinta-feira (18). Ela fez buscas contra o senador Weverton Rocha (PDT-MA) nesta quinta em uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes em descontos sobre aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS.

Weverton é líder do PDT (Partido Democrático Trabalhista) no Senado e um dos vice-líderes do governo.
Ele entrou na mira de integrantes da CPI do INSS, que investiga os desvios nos benefícios, depois que pessoas ligadas a ele apareceram nas investigações sobre o esquema de fraudes.

O escândalo do INSS foi uma das principais crises do governo neste ano, e levou Lula a demitir Carlos Lupi do Ministério da Previdência.

A ação também prendeu o secretário-executivo do ministério, Adroaldo da Cunha Portal, que já foi assessor de Weverton. Ele ficará preso preventivamente em regime domiciliar.

O atual ministro da Previdência, Wolney Queiroz, comunicou que determinou a exoneração de Adroaldo após a operação. O procurador-federal Felipe Cavalcante e Silva, atual consultor jurídico do ministério, assumirá a função de secretário-executivo.A casa de Weverton em Brasília é um dos endereços de busca e apreensão. Não houve ações no gabinete do parlamentar no Senado.

A assessoria da pasta também afirmou que o órgão e o INSS “permanecerão contribuindo ativamente com as investigações e atuando para recuperar os recursos desviados por esse esquema que começou no governo anterior, mas foi interrompido neste governo”.

Acusado de ser um dos operadores do esquema, Antunes declarou à CPI do INSS que foi a um churrasco de costela na casa do senador, quando teria falado com ele sobre a regulação da venda de derivados de cannabis –ou seja, uma atividade de representação empresarial sem ligação com descontos em aposentadorias.Weverton também é o relator da sabatina de Jorge Messias, indicado de Lula ao STF (Supremo Tribunal Federal), no Senado.

A aprovação de Messias para o cargo depende da avaliação dos senadores, e a figura de Weverton era relevante para a articulação do governo na sabatina.

O senador foi uma ponte de Lula com o Congresso neste caso, uma vez que a relação com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP) estava estremecida com a indicação do advogado. A opção de Alcolumbre, com apoio de outros parlamentares, era Rodrigo Pacheco (PSD-MG), descartado por Lula.

Deu em Jornal de Brasília

Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


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