Sem categoria 16/03/2014 09:47
PT quer hegemonia política no país
As derrotas impostas ao governo na Câmara durante a semana passada escancararam o descontentamento da base com a reforma ministerial e a política de liberação de emendas do Palácio do Planalto.
A rebelião, porém, traz em sua essência o temor de que o PT fragmente os partidos aliados e cresça nas eleições de outubro justamente sobre eles, para obter hegemonia no Congresso.
Segundo líderes de partidos aliados ouvidos pelo Estado, esse é, na verdade, o principal motivo da crise enfrentada por Dilma Rousseff na Câmara.
Os parlamentares que dão sustentação à presidente acusam o PT de promover rompimentos em Estados-chave e buscar exclusividade na hora de faturar politicamente com ações do governo.
Tudo para conseguir eleger sua maior bancada da história na Câmara.
Ao mesmo tempo, os petistas incentivam cisões internas nos partidos da base para provocar seu enfraquecimento. Por essa tática, o ideal para os petistas seria ter partidos com no máximo 60 deputados. Com isso, seu poder de fogo na hora das negociações cresceria significativamente.
Hoje o PT tem a maior bancada da Câmara, com 87 deputados. A expectativa dos dirigentes petistas é elevar esse número para mais de 100 cadeiras.
A segunda maior bancada da Câmara é a do PMDB, principal aliado dos petistas no projeto eleitoral de Dilma e detentor da vaga de vice na chapa petista. Hoje há 75 peemedebistas na Câmara.
O partido, porém, não tem perspectivas de aumento. Teme, inclusive, perder espaço para o PT.
Trata-se de uma previsão compartilhada por outros partidos da base. Como a oposição já foi reduzida de forma substancial nas eleições de 2010 e sangrou ainda mais com o patrocínio do governo à criação de novas legendas, como PSD e PROS, só resta agora aos petistas crescer em cima dos próprios partidos aliados.
“O ponto principal é que querem crescer em cima da gente”, diz o líder do PTB, Jovair Arantes (GO).
“Há um sentimento generalizado, que permeia todos os partidos, de que o PT trabalha ferozmente com um desejo até programático de ter uma maioria folgada de deputados federais”, afirma Moreira Mendes (RO), líder do PSD.
“Estão crescendo às custas do enfraquecimento da base. Todos apoiam o governo e se suicidam”, diz Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB e organizador do “blocão” que abriu guerra contra o Palácio do Planalto.
A redução do poder dos aliados daria a chance de o PT ocupar o comando da Câmara. A maior bancada tradicionalmente indica o presidente da Casa. Petistas e peemedebistas fecharam acordo de fazer um rodízio no cargo. O PT não tem intenção de renovar esse acordo para a próxima legislatura.
Nos bastidores, o atual vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), é dado como certo na disputa pelo posto. O PMDB garante que disputará a continuidade em 2015, ainda que saia encolhido das urnas. Dois nomes são cotados: o atual presidente, Henrique Eduardo Alves (RN), e Eduardo Cunha.
A pretensão peemedebista é um dos fatores que ajudam a explicar a formação do “blocão”, o grupo de parlamentares da base aliada que decidiu atuar de forma independente do governo.
Deu no Estado de São Paulo
Descrição Jornalista
Como Alexandre de Moraes se tornou tão poderoso
01/09/2025 16:13 228 visualizações
A reação em cadeia que virá com julgamento de Bolsonaro
03/09/2025 09:37 197 visualizações
Filho de Lewandowski advoga para empresa ligada ao PCC, alvo da Polícia Federal, MPSP e Receita
02/09/2025 09:35 186 visualizações
RN dispara arrecadação em 368% com extração de ouro
05/09/2025 10:55 171 visualizações
01/09/2025 12:24 168 visualizações
CGU abre processo contra 41 associações e empresas envolvidas no esquema do INSS; veja quais
02/09/2025 15:56 145 visualizações
Sono Meu #7 | Zolpidem: saiba como a pílula do sono pode virar pesadelo
02/09/2025 06:34 144 visualizações
Reforma Administrativa será duradoura e manterá estabilidade de servidores, diz relator
04/09/2025 06:27 133 visualizações
Padre Marcelo Rossi celebra cura da depressão e inspira seguidores no Instagram; ‘coragem’
06/09/2025 11:34 121 visualizações