Violência 28/01/2025 16:27
PRF de folga agride crianças com murros e chutes em condomínio em Mossoró
Crianças de 12 e 14 anos foram agredidas com socos e pontapés e uma delas lesionou o nariz. PRF afirma que policial foi afastado

Duas crianças, de 12 e 14 anos, foram agredidas por um policial rodoviário federal (PRF) de folga no condomínio em que moram, em Mossoró (RN). Uma delas já havia sido agredida anteriormente pelo homem.
O Metrópoles conversou com as mães dos meninos agredidos, que relataram o ocorrido e o medo com o qual têm convivido desde 18 de janeiro, dia do ocorrido. De acordo com as mulheres, o policial afirmou que, “porque o nível da sua patente é alta, nada aconteceria com ele.”
O que aconteceu?
Agressões
De acordo com Isabellyta essa não é a primeira vez que o PRF, que é instrutor jiu-jitsu, agride seu filho. Mas que, por acreditar que a situação havia sido resolvida, decidiu não ir à polícia. Em ambas as agressões o homem teria sido motivado pela relação do menino com o filho dele, que tem 9 anos.
“Dois minutos depois que meu filho desceu [para a área de lazer] ele retornou para pegar uma bombinha de encher bola. Ele me disse que ia jogar bola com o colega na quadra, só os dois”, conta Isabellyta.
Entretanto, ela relata que, passados 15 minutos, o filho a interfonou da portaria. “A frase dele foi: ‘Mãe, aquele homem que bateu em mim uma vez me bateu de novo. Ele perguntou quem tinha chamado o filho dele para brincar e eu falei que ninguém tinha chamado, aí ele bateu na gente’. Eu me desesperei e peguei o elavador para descer. Até então eu não sabia a gravidade”, afirma a mãe.
De acordo com ela, assim que saiu do elevador encontrou o PRF, que tentou “se justificar”.
“Ele me disse a mesma fala da primeira vez, quando agrediu meu filho. Que tinha feito isso para ensinar os meninos a como tratar o filho dos outros”. A mulher alega que os meninos não tiveram contato com o filho do PRF naquele dia.
“A imagem era muito chocante. A outra criança estava sangrando. Nariz e boca cortados, muito machucados e meu filho estava escondido na casinha do porteiro”, relata Isabellyta.
Arquivo pessoal
A mãe do menino de 14 anos conta que também estava em casa no momento que recebeu a ligação do filho. “Eu fui socorrer meu filho e vi toda a situação. Meu filho ficou bem machucado no nariz. Até hoje sangra. É bem difícil falar sobre porque estamos com muito medo. Quando eu encontrei com ele [policial], ele disse: ‘Você é mãe do cara que eu peguei?’”.
O policial teria, ainda, acusado as crianças de ameaçarem o filho dele com um canivete. Depois, conta Isabellyta, o PRF alegou que os jovens teriam o ameaçado. As mães negam que os filhos portavam um canivete ou que tenham ameaçado qualquer pessoa.
As mulheres, por fim, contam que o homem afirmou que elas até poderiam procurar a polícia, mas que como ele era policial e a sua patente era muito alta, nada aconteceria com ele.
Caso de polícia
As mães fizeram um boletim de ocorrência contra o policial rodoviário federal. A polícia civil afirma que o policial assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), que formaliza o reconhecimento de que cometeu uma infração de menor potencial ofensivo, e foi liberado.
Ambas as crianças estão muito assustadas com o ocorrido, afirmam as mães.
O filho de Isabellyta está na casa da avó, junto da irmã. Já o menino de 14 anos e seus irmãos não conseguem dormir, já que são vizinhos de porta do policial. “Eu estou colocando barricada na minha porta toda noite. Meus filhos não estão dormindo. Se ele tentar entrar ou alguma coisa. Sei lá, eu pelo menos escuto e tenho a chance de ligar para polícia ou para alguém vim me socorrer”, relatou a mãe.
A 38ª Delegacia de Polícia de Mossoró investiga o caso. Testemunhas e as partes envolvidas são ouvidas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou ao Metrópoles que tomou ciência do fato envolvendo o policial rodoviário federal de folga, no último dia 20. A Corregedoria da PRF no estado abriu procedimento investigativo e se deslocou até a cidade para apurar o caso.
A PRF informa, ainda, que o policial está afastado das suas atividades.
“As informações reunidas pela Corregedoria da PRF no Rio Grande do Norte servirão de subsídios para a apuração correcional. No âmbito criminal, compete a apuração da ocorrência à Polícia Civil/RN”, afirma a PRF em nota.
Deu em Metrópoles
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