Preço da carne no Brasil sobe 20% em 1 ano, apesar das tarifas de Trump - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
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Alimentos 10/09/2025 10:26

Preço da carne no Brasil sobe 20% em 1 ano, apesar das tarifas de Trump

Preço da carne no Brasil sobe 20% em 1 ano, apesar das tarifas de Trump

O preço da carne no Brasil subiu mais de 20% em um ano, mesmo após o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.

A alta contrariou expectativas de economistas, que projetavam queda com a redução das exportações para o mercado norte-americano.

O movimento não ocorreu porque outros países ampliaram a demanda. Entre janeiro e agosto de 2025, as exportações brasileiras de carne cresceram 34%.

O México registrou alta superior a 250% em suas compras, enquanto a China aumentou as importações em 41%.

Thiago Bernardino, coordenador de Pecuária do Centro de Estudos de Economia Aplicada (Cepea), da USP, afirma que o Brasil possui “os menores custos de produção do mundo”, o que reforça sua posição de liderança nas exportações globais.

Segundo avaliou o especialista em entrevista à TV Globo, esse diferencial atrai compradores e sustenta os preços elevados.

Enquanto pecuaristas se beneficiam, o consumidor brasileiro enfrenta dificuldades. Pequenas quedas recentes não foram suficientes para compensar o aumento acumulado.

A estiagem típica do período também contribuiu para o aumento de preços, já que reduz a oferta de pasto e atrasando o ganho de peso do gado. A arroba do boi gordo segue próxima de R$ 300 há quase 12 meses.

O aumento da renda e a queda do desemprego impulsionaram o consumo interno. Para o professor de economia do Ibmec-SP, André Diz, essa tendência deve se manter.

“A carne acaba sendo, para muitas famílias brasileiras, um objeto de desejo. Então, qualquer adicional de renda que você tenha, a primeira forma de você resolver esse problema é aumentar a quantidade de proteína”, explicou Diz para a Globo.

Também de acordo com o economista, a perspectiva é de que os preços sigam pressionados até o fim do ano, mantendo a carne um pouco mais cara do que nos últimos anos.

Deu em Diário do Poder

Ricardo Rosado de Holanda
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