O Conselho do Atlântico Norte da Otan afirmou que os países membros usarão “todos os instrumentos militares e não militares necessários” contra novas ameaças russas.

Uma declaração conjunta foi divulgada após uma reunião nesta terça, 23, a pedido da Estônia, com base no Artigo 4 do Tratado de Washington. O país europeu teve seu espaço aéreo invadido por três aeronaves russas, por mais de dez minutos, em 19 de setembro.

“A resposta da OTAN foi rápida e decisiva. Aeronaves aliadas foram enviadas para interceptá-los e escoltá-los para fora do espaço aéreo estoniano“, diz trecho do comunicado.

Além da Estônia, outros países aliados também sofreram violações aéreas recentes por parte da Rússia. A Otan acusa a ditadura de Vladimir Putin de ter “total responsabilidade” por essas ações.

“Em 10 de setembro, o Conselho realizou consultas em resposta à violação em larga escala do espaço aéreo polaco por drones russos. Vários outros Aliados – incluindo Finlândia, Letónia, Lituânia, Noruega e Roménia – também sofreram recentemente violações do espaço aéreo pela Rússia. Expressamos a nossa total solidariedade com todos os Aliados cujo espaço aéreo foi violado.

O conselho reafirma sua unidade, com base no Artigo 5, e alerta que não será intimidado pela Rússia.

“A Rússia não deve ter dúvidas: a OTAN e os Aliados empregarão, em conformidade com o direito internacional, todos os instrumentos militares e não militares necessários para nos defender e dissuadir todas as ameaças vindas de todas as direções. Continuaremos a responder da maneira, no momento e no domínio que escolhermos. Nosso compromisso com o Artigo 5 é inabalável.

 Os aliados não serão dissuadidos por esses e outros atos irresponsáveis ​​da Rússia de seus compromissos duradouros de apoiar a Ucrânia, cuja segurança contribui para a nossa, no exercício de seu direito inerente à autodefesa contra a guerra de agressão brutal e não provocada da Rússia.“

Leia a íntegra da nota oficial da OTAN

“O Conselho do Atlântico Norte se reuniu esta manhã a pedido da Estônia, sob o Artigo 4 do Tratado de Washington, para consultar e condenar veementemente a perigosa violação do espaço aéreo estoniano pela Rússia em 19 de setembro.

O Comandante Supremo Aliado na Europa (SACEUR) informou o Conselho sobre este incidente, no qual três aeronaves russas MiG-31 armadas violaram o espaço aéreo estoniano por mais de dez minutos. A resposta da OTAN foi rápida e decisiva. Aeronaves aliadas foram enviadas para interceptá-los e escoltá-los para fora do espaço aéreo estoniano.

Esta incursão faz parte de um padrão mais amplo de comportamento russo cada vez mais irresponsável. Esta é a segunda vez em duas semanas que o Conselho do Atlântico Norte se reúne ao abrigo do Artigo 4.

Em 10 de setembro, o Conselho realizou consultas em resposta à violação em larga escala do espaço aéreo polaco por drones russos. Vários outros Aliados – incluindo Finlândia, Letónia, Lituânia, Noruega e Roménia – também sofreram recentemente violações do espaço aéreo pela Rússia. Expressamos a nossa total solidariedade com todos os Aliados cujo espaço aéreo foi violado.

A Rússia tem total responsabilidade por essas ações, que são escalonadas, arriscam erros de cálculo e colocam vidas em risco. Elas precisam parar.

A resposta da OTAN às ações imprudentes da Rússia continuará robusta. Em 12 de setembro, lançamos a “Sentinela Oriental” para reforçar a posição da OTAN em todo o flanco oriental. Reforçaremos nossas capacidades e fortaleceremos nossa postura de dissuasão e defesa, inclusive por meio de uma defesa aérea eficaz.

A Rússia não deve ter dúvidas: a OTAN e os Aliados empregarão, em conformidade com o direito internacional, todos os instrumentos militares e não militares necessários para nos defender e dissuadir todas as ameaças vindas de todas as direções. Continuaremos a responder da maneira, no momento e no domínio que escolhermos. Nosso compromisso com o Artigo 5 é inabalável.

 Os aliados não serão dissuadidos por esses e outros atos irresponsáveis ​​da Rússia de seus compromissos duradouros de apoiar a Ucrânia, cuja segurança contribui para a nossa, no exercício de seu direito inerente à autodefesa contra a guerra de agressão brutal e não provocada da Rússia.“