Arqueologia 11/08/2025 17:04
O que representam os desenhos de 10 mil anos descobertos no deserto do Saara
O Departamento de Polícia Turística e Proteção de Antiguidades da Líbia anunciou no final do mês de julho, a descoberta de um sítio arqueológico nas Montanhas Al-Hasawna, a sudoeste do país, contendo desenhos rupestres com idade estimada em 10 mil anos.
Acredita-se que o achado pode lançar nova luz sobre o estilo de vida dos povos que habitaram o deserto do Saara na antiguidade.
A descoberta veio após o alerta de um cidadão que notou marcas incomuns nos paredões rochosos da região, segundo diz o portal Lybia Review.
O aviso desencadeou uma operação conjunta de arqueólogos e servidores públicos de proteção ao patrimônio que, após uma inspeção formal no local, confirmou a importância histórica do sítio.
Após análise preliminares, os especialistas têm associado os desenhos a diferentes fases da arte pré-histórica do Saara líbio, incluindo os períodos da Cabeça Redonda, do Búfalo, Bovidiano, do Camelo e do Cavalo. Cada um deles traz pistas valiosas sobre a fauna, a cultura e os simbolismos desses antigos grupos humanos.
Entre as representações identificadas estão figuras de búfalos, bovídeos (como bois e antílopes), camelos e cavalos. Todos esses animais representam significados diversos para os povos da região ao longo dos séculos.
A presença desses exemplares esculpidos nas rochas não só indica sua importância econômica e espiritual, como também ajuda a traçar mudanças ambientais e sociais no Saara. Vale lembrar que, há milhares de anos, a região era muito mais úmida e fértil do que é hoje.
Um destaque especial é dado ao chamado “Período da Cabeça Redonda”, um dos mais antigos estilos de arte rupestre africana, conhecido por figuras humanas estilizadas com cabeças arredondadas e simbologias ainda misteriosas. Já os períodos do Camelo e do Cavalo refletem mudanças mais recentes, associadas à domesticação e ao surgimento de sociedades mais complexas e móveis.
Para garantir a preservação do sítio, as autoridades adotaram medidas legais urgentes. Patrulhas da Polícia Turística da Região Sul e da Agência de Proteção de Antiguidades estão agora mobilizadas para evitar qualquer tipo de vandalismo ou saque no local, aponta o site Lybia Observer.
Arqueólogos e outros especialistas continuarão os estudos detalhados das gravuras nos próximos meses. A ideia é tentar interpretar os significados das representações e situá-las com maior precisão na cronologia da arte rupestre africana.
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