O plano do Brasil para salvar Maduro é assustador - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado
PMN – Agosto Lilás – 0808 a 0809

Política 01/09/2025 17:00

O plano do Brasil para salvar Maduro é assustador

O plano do Brasil para salvar Maduro é assustador

Um documento que veio a público recentemente trouxe à tona uma polêmica: o Brasil teria discutido um plano secreto para retirar Nicolás Maduro da Venezuela, caso ele fosse alvo de uma ação militar dos Estados Unidos.

A suposta iniciativa, chamada Operação Imeri, teria sido debatida entre autoridades brasileiras e venezuelanas em Bogotá, mas o governo nega.

Contexto de tensão no Caribe

A revelação acontece em meio a uma escalada militar na região. Atualmente, uma frota americana está posicionada no sul do Caribe, composta por navios de guerra, submarinos e milhares de fuzileiros navais.

Oficialmente, Washington afirma que a operação tem como objetivo combater o narcotráfico. Porém, analistas apontam que a presença militar serve também para pressionar o regime de Maduro.

Em resposta, no dia vinte e cinco de agosto, o governo venezuelano enviou quinze mil soldados para a fronteira com a Colômbia.

O movimento foi considerado “militarmente ilógico” por especialistas, já que a ameaça vem do mar. A medida, segundo analistas, poderia ter como objetivo criar distração estratégica, apoiar o presidente colombiano Gustavo Petro — que enfrenta baixa popularidade — ou até abrir uma rota de fuga para Maduro em caso de colapso do regime.

O que seria a Operação Imeri

Segundo reportagem publicada pelo site DefesaNet, a Operação Imeri teria duas alternativas de execução:

  • Marítima: uso de doze embarcações da Marinha brasileira, incluindo o porta-helicópteros Atlântico, para abrir um corredor de evacuação.
  • Aérea: infiltração de uma aeronave KC-390 da Força Aérea Brasileira em uma pista venezuelana, em uma manobra rápida para embarcar Maduro e aliados.

Ainda de acordo com a reportagem, parte da Marinha brasileira teria rejeitado a ideia, criando atritos internos nas Forças Armadas. O Itamaraty e o Ministério da Defesa negam que o plano tenha sido discutido.

Divisão geopolítica

A crise expõe o dilema do Brasil em um cenário internacional cada vez mais polarizado. De um lado, Estados Unidos, Europa e aliados ocidentais. Do outro, o chamado “Eixo da Resistência”, com países como Venezuela, Rússia, Irã e Coreia do Norte.

A Rússia já montou em Caracas uma fábrica de fuzis Kalashnikov, enquanto o Irã fornece drones militares usados pelo regime. Para especialistas, a estratégia é tornar uma possível intervenção americana cara e arriscada.

Enquanto isso, Maduro mostra sinais de fragilidade. Apesar de anunciar a mobilização de milhões de pessoas para sua milícia, a adesão popular é baixa. Imagens de indígenas se alistando com arcos e flechas foram motivo de piada nas redes, mas também indicam pressão sobre funcionários públicos para demonstrar lealdade.

Pressão dos EUA

Os Estados Unidos oferecem cinquenta milhões de dólares pela captura de Maduro — valor comparável ao colocado sobre líderes de organizações terroristas. Segundo análises, qualquer tentativa do Brasil de resgatar o líder venezuelano poderia gerar novas sanções econômicas e diplomáticas.

A rejeição dos militares brasileiros em participar de uma eventual operação sugere consciência sobre o peso dessa decisão. Afinal, a crise não é apenas sobre a Venezuela, mas sobre o futuro posicionamento do Brasil em um mundo dividido entre democracias e regimes autoritários.

Deu em MSN

Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista

🔝 Top 10 mais lidas do mês