Nos últimos anos, o vishing tem se tornado uma ameaça crescente no mundo da segurança da informação. Este método de fraude é uma variação do phishing, onde criminosos utilizam chamadas telefônicas para enganar as vítimas.

Através das ligações, eles se passam por representantes de empresas conhecidas, procurando obter informações sensíveis ou induzir ações que comprometem a segurança do usuário.

A técnica envolve táticas engenhosas para criar um cenário de urgência ou de autoridade falsa, levando a pessoa a confiar nos impostores. Apesar de ser uma palavra derivada do phishing, “vishing” enfatiza o uso da voz como ferramenta principal de engano.

No contexto atual, onde a confiança em comunicação por voz ainda é alta, este tipo de golpe encontra um terreno fértil para prosperar.

Quais são as táticas comuns usadas no vishing?

Os criminosos que praticam vishing costumam utilizar uma combinação de engenharia social e tecnologias de spoofing para enganar suas vítimas.

Uma das táticas mais comuns é a personificação de funcionários de instituições financeiras, alertando sobre supostas fraudes e solicitando informações bancárias sensíveis. Outro método frequente é o uso de falsos representantes de suporte técnico que convencem a vítima a instalar softwares maliciosos em seus dispositivos.

A utilização de tecnologias de spoofing permite que os golpistas manipulem o identificador de chamadas, fazendo parecer que a ligação está sendo feita de um número legítimo. Isso cria uma falsa sensação de segurança e legitimidade que muitas vezes leva a vítima a partilhar informações confidenciais ou a realizar transferências financeiras.

Como se proteger contra golpes de vishing?

A prevenção contra vishing começa com a conscientização de que qualquer ligação não solicitada pedindo informações pessoais ou financeiras deve ser tratada com desconfiança.

É crucial nunca compartilhar dados sensíveis como senhas ou números de cartão de crédito por telefone, a menos que se tenha certeza de estar lidando com uma entidade legítima. Verificar o número da chamada e, se necessário, encerrar a ligação para retornar diretamente à instituição através dos números de telefone oficiais são boas práticas a serem seguidas.

Outra medida importante é a educação contínua sobre golpes cibernéticos, tanto em ambientes corporativos quanto em contextos pessoais.

Instituições financeiras e outras organizações estão cada vez mais cientes dessas ameaças e frequentemente fornecem recursos e informações para ajudar seus clientes a identificar e evitar possíveis fraudes.

Por que os golpes por vishing têm aumentado nos últimos anos?

Com a evolução contínua das tecnologias de comunicação, o vishing tem encontrado um espaço propício para crescimento. Nos últimos anos, a migração para modalidades de comunicação remota, impulsionada pela pandemia de COVID-19, expôs mais pessoas a esses riscos, já que o telefone se tornou uma das principais formas de contato.

Além disso, a sofisticação das técnicas de vishing aumentou significativamente, conforme os criminosos se tornam mais experientes em manipular seus alvos.

A resiliência desses golpistas se deve em parte ao fortalecimento de suas técnicas de personificação de VoIP, que lhes permite operar de qualquer parte do mundo.

A capacidade de adaptar rapidamente suas estratégias para imitar novas instituições ou explorações recentes também contribui para o aumento dos casos de vishing globalmente.

Qual é o papel das empresas na prevenção de golpes de vishing?

As empresas desempenham um papel crucial na prevenção dos golpes de vishing. Elas têm a responsabilidade de educar seus clientes sobre as táticas de vishing e como reconhecer sinais de perigo.

Além disso, devem investir em sistemas de segurança avançados que podem detectar e neutralizar tentativas de engenharia social dirigidas a eles. Muitas organizações implementam medidas para verificar a identidade dos clientes em interações telefônicas, dificultando que impostores obtenham informações.

Internamente, a proteção contra vishing também envolve o treinamento contínuo dos funcionários para que eles possam identificar e reportar atividades suspeitas. Uma cultura corporativa que priorize a segurança da informação e esteja equipada para responder rapidamente a qualquer tentativa de golpe é fundamental para mitigar os riscos associados ao vishing.