Brasil 10/05/2025 10:14
O Brasil tem a maior reserva de nióbio do mundo e esse metal vale uma fortuna tecnológica

Você sabia que o Brasil é o guardião da maior reserva de nióbio do mundo? Este metal de transição, com propriedades físico-químicas singulares como alta resistência e supercondutividade, é uma verdadeira “fortuna tecnológica”, essencial para avanços em áreas como infraestrutura, energia, saúde e eletrônica.
Com cerca de 89% das reservas globais, o país tem uma oportunidade ímpar.
No entanto, possuir a maior reserva de nióbio do mundo no Brasil é apenas o começo.
O desafio é transformar essa abundância em desenvolvimento tecnológico e econômico sustentável, agregando valor e consolidando a liderança nacional na cadeia produtiva deste metal do futuro.

O nióbio (Nb) é um metal de transição macio, dúctil e com notável resistência à corrosão. Suas propriedades mais impressionantes incluem um elevado ponto de fusão (2477 °C) e a capacidade de exibir supercondutividade em baixas temperaturas.
Essas características conferem ao nióbio uma versatilidade ímpar, permitindo que atue como um aditivo crucial, transformando e otimizando outros materiais, principalmente o aço.
Sua relevância estratégica global reside na capacidade de viabilizar avanços em setores críticos, alinhando-se com megatendências como eletrificação, urbanização e sustentabilidade. Ao permitir o uso de menos material e contribuir para a redução da pegada de carbono, o nióbio é chave na transição para uma economia de baixo carbono.
O Brasil ostenta uma liderança incontestável: detém cerca de 88,72% das reservas mundiais de nióbio (Nb2O5, em metal contido), o que correspondia a 14,2 milhões de toneladas em 2023. Em comparação, o Canadá, segundo maior detentor, possuía aproximadamente 9,97%.
As principais jazidas que sustentam essa dominância da maior reserva de nióbio do mundo no Brasil estão em Araxá (Minas Gerais), onde se localiza a maior mina de nióbio do mundo, descoberta em 1953, e em Catalão (Goiás).
A exploração é liderada por empresas como a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), responsável por cerca de 75% do mercado global, e a CMOC Brasil, subsidiária da chinesa CMOC.
A aplicação mais significativa do nióbio é na siderurgia. A adição de pequenas quantidades de nióbio transforma o aço comum em aços de alta resistência e baixa liga (HSLA), permitindo estruturas mais leves e resistentes em pontes, edifícios, gasodutos e veículos, resultando em economia e menor impacto ambiental.
Além disso, o nióbio é vital em alta tecnologia: superligas para a indústria aeroespacial; nióbio metálico para supercondutores usados em aparelhos de ressonância magnética (MRI) e aceleradores de partículas; e pentóxido de nióbio em lentes ópticas.
Um dos campos mais promissores é o de baterias de íon-lítio de próxima geração, onde o nióbio permite carregamento ultrarrápido (menos de 10 minutos), maior vida útil e mais segurança, sendo crucial para veículos elétricos.
Apesar de deter a maior reserva de nióbio do mundo no Brasil, o principal desafio do país é agregar valor à sua produção, que ainda se concentra na exportação de ferronióbio.
A “fortuna tecnológica” integral do nióbio está em produtos de maior complexidade, como nióbio metálico de alta pureza, óxidos especiais e componentes para baterias.
Superar este “gap de inovação” exige investimento robusto em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I), fomentando a colaboração entre universidades, institutos de pesquisa e o setor privado.
É crucial desenvolver uma indústria nacional de transformação do nióbio, aproveitando o conhecimento já existente em instituições como UFMG, UNICAMP e USP, e o P&D realizado pela CBMM.
Deu em CPG
Descrição Jornalista
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