Câmara Federal 23/09/2025 06:48
Motta barra nomeação de Eduardo Bolsonaro como líder na Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), barrou a nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da minoria na Casa. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara nesta terça-feira (23).
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia sido indicado para exercer Liderança da Minoria pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do Partido Liberal (PL) na Casa. Ao indeferir a indicação, Motta citou o parecer da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados.
“Evidencia-se a incompatibilidade do exercício da Liderança da Minoria na Câmara dos Deputados pelo Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, visto que se encontrar ausente do território nacional” , afirma a Secretaria-Geral da Mesa.
O presidente da Casa destacou que o regimento interno estabelece um “conjunto de disposições claras sobre os deveres dos parlamentares, incluindo as condições para o registro de presença”.

Motta também justificou seu parecer dizendo que a atuação remota é incompatível com a liderança, como a atuação no plenário e em comissões.
Em outro trecho da publicação, o presidente da Câmara afirmou que para deixar o país, o parlamentar “deverá dar prévia ciência à Câmara, indicando a natureza do afastamento e sua duração estimada”.
Eduardo Bolsonaro se auto exilou nos EUA por alegar sofrer “perseguição política e judiciária no Brasil”, sem previsão de retorno. Ele também é apontado por articular sanções ao país feitas pelo governo norte-americano.
Hugo Motta indicou a ausência de comunicação prévia sobre o afastamento do território nacional como uma violação do dever parlamentar, incompatível com a nomeação a líder: “Mais do que isso, essa omissão impede que a ausência à Casa seja enquadrada em qualquer hipótese de excepcionalidade que autorize o registro de presença à distância.”
Eduardo Bolsonaro está desde fevereiros nos Estados Unidos, se participar de sessões presenciais na Câmara. Caso fosse nomeado líder, ele teria ausências justificadas sem efeitos administrativos, evitando a cassação do mandato por faltas.
O parlamentar chegou a pedir licença por motivos pessoais em março, mas o prazo de 120 dias permitido pelo regimento interno da Câmara se encerrou em julho. Desde então, Eduardo Bolsonaro tem acumulado faltas não justificadas.
De acordo com as regras da Casa, um deputado perde o mandato após deixar de comparecer a um terço das sessões sem apresentar justificativa.
Segundo um ato da Mesa Diretora, estabelecido em 2015, os líderes da Câmara terão ausências justificadas nas sessões deliberativas e nas votações, sem passar por punições administrativas.
A Liderança da Minoria, da qual Eduardo Bolsonaro foi indicado, representa o maior bloco de partidos que se opõe ao atual governo. É diferente da Liderança da Oposição, que se refere ao conjunto total de partidos que fazem a oposição.
Deu em IG
Descrição Jornalista
Atividade industrial da China encolhe pelo oitavo mês seguido em novembro
01/12/2025 08:00 319 visualizações
O jovem morto após invadir jaula de leoa em João Pessoa: ‘A última etapa de uma tragédia anunciada’
02/12/2025 08:25 190 visualizações
02/12/2025 04:30 159 visualizações
Como ativar conta na Uber que facilita o uso para idosos
01/12/2025 06:34 158 visualizações
Com Messias, STF consolida perfil: saem juízes e juristas, entram ministros de governo
02/12/2025 09:06 152 visualizações
02/12/2025 07:37 147 visualizações
Chamada de projetos para indústria do Nordeste aprova R$ 113 bilhões em propostas para região
02/12/2025 06:31 143 visualizações
BYD convoca recall de quase 90 mil veículos por falha em baterias
02/12/2025 08:00 142 visualizações
Rede criminosa invadiu 120 mil câmeras domésticas para obter e vender vídeos de teor sexual
04/12/2025 05:23 141 visualizações
