Antes mesmo da confirmação médica, os dois embarcaram em uma viagem de motorhome pelos Estados Unidos, em maio deste ano, com o objetivo de aproveitar o tempo juntos.

“Quando vi que meu pai apresentava uma piora brusca no quadro cognitivo, perguntei ao médico se seria uma loucura fazer uma viagem de motorhome com ele pelos Estados Unidos”, contou Augusto em entrevista à Revista Piauí.

Foram cerca de 4 mil quilômetros percorridos ao longo de 16 dias, passando por estados como Arizona, Utah, Idaho, Wyoming e Montana. Durante o trajeto, Milton esteve sempre ao lado do filho, assumindo o papel de copiloto e escolhendo a trilha sonora que embalou a jornada, entre elas, os clássicos dos Beatles.

O diagnóstico de DCL, considerado o terceiro tipo mais comum de demência, veio após o retorno ao Brasil. A doença provoca a morte progressiva de células nervosas no cérebro, afetando a memória, o raciocínio e até mesmo os movimentos.

Essa não é a primeira batalha de saúde enfrentada pelo artista. Em março, Augusto já havia revelado ao Jornal Nacional que Milton convive com o Parkinson há dois anos. Mesmo com os desafios, a paixão pela música e a vontade de seguir estrada continuam sendo parte essencial da vida do cantor, agora vivida com ainda mais intensidade ao lado do filho.

Enredo e Samba

Neste ano, a Portela prestou uma homenagem marcante a Milton Nascimento em seu desfile no Grupo Especial do Carnaval carioca.

A Azul e Branca de Madureira foi a última a cruzar a Marquês de Sapucaí na noite do dia 3 de março, com o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”.

A apresentação marcou a primeira vez que a escola dedicou seu desfile a um artista ainda em vida.

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