11/03/2019 10:33
Juíza da Lava Jato lava as mãos e homologa Fundação Lava Jato
A juíza Federal substituta Gabriela Hardt, da 13ª vara de Curitiba/PR, que homologou o controverso acordo do MPF com a Petrobras, expressamente afirmou que este “atende ao interesse público”.
A juíza Federal substituta Gabriela Hardt, da 13ª vara de Curitiba/PR, que homologou o controverso acordo do MPF com a Petrobras, expressamente afirmou que este “atende ao interesse público”.
O despacho de homologação saiu dois dias após a celebração do acordo.
Ao justificar a prevenção do juízo da 13ª vara para a homologação do acordo, a magistrada afirma que a multa acordada pela Petrobrás com as autoridades dos EUA “tem natureza eminentemente criminal”, com ênfase na prevenção geral dos crimes pelos quais a estatal foi investigada naquele país, e que o acordo com MPF “visa implementar concessão feita em cláusula de acordo com efeitos eminentemente criminais, ainda que em jurisdição estrangeira”.
“Registro, ainda, que o não reconhecimento dos efeitos criminais do acordo entre Petrobrás e MPF, pela especialização dos efeitos, poderia gerar consequências drásticas ao acordo celebrado pela Petrobrás com as autoridades estadunidenses, o que, por óbvio, não se pretende.”
“Melhor entidade”
A magistrada destacou que “a Petrobrás foi considerada a vítima imediata do esquema de corrupção” descoberto pela operação Lava Jato e que mesmo a celebração do acordo da petroleira com os órgãos norte-americanos e a assunção de compromissos com o MPF “não mudam esse panorama”.
Gabriela Hardt defende a importância da utilização de metade do valor acordado para a constituição de uma fundação permanente, na forma de “endowment”, para “remédio dos efeitos da corrupção” e ao fomento de “agenda anticorrupção”:
“Isso é especialmente importante já que os investimentos públicos, notoriamente escassos, para a implementação de medidas de combate à corrupção estão usualmente sujeitos a contingenciamentos orçamentários.”
A julgadora observou ainda o “protagonismo do MPF e da Petrobrás na obtenção da concessão no acordo”.
“Sem a intervenção do MPF e da Petrobrás, muito provavelmente não seria possível a amortização de 80% da multa milionária pactuada no acordo com as autoridades daquele país, mediante pagamentos e investimentos de interesse coletivo no território nacional.
Por esta circunstância concreta, é o MPF a entidade melhor posicionada para a celebração do presente acordo com a Petrobrás.”
Sobre a previsão do acordo de que a formação do comitê de curadoria social, responsável pelas supervisão da constituição do fundo, seria aprovada pelo Juízo, Gabriela considerou a providência “desnecessária”.
“Não tem o Juízo condições de avaliar a reputação e a capacidade técnica dos possíveis integrantes do grupo. Então, a formação do Comitê, por delegação do Juízo, competirá ao MPF. Caberá ao MPF adotar as providências necessárias à formação do Comitê, apenas informando o Juízo quem são as pessoas que o integrarão e quais foram os critérios de seleção. Depois de constituída, a composição e gestão da fundação não se sujeitarão à prévia franquia jurisdicional.”
Deu em Migalhas
Descrição Jornalista
Coisas que brasileiros fazem em viagem e que são erradas lá fora
06/11/2025 08:55 248 visualizações
CPMI ouve mais um sindicalista suspeito: R$221,8 milhões
03/11/2025 09:37 216 visualizações
Maré vermelha’ chama atenção na Praia de Pipa, no RN; entenda o que causa a coloração
03/11/2025 09:54 197 visualizações
Novo coronavírus é detectado em morcegos brasileiros
02/11/2025 05:55 175 visualizações
04/11/2025 08:55 135 visualizações
Pitacos: o mistério do Botafogo que piora e se enfraquece a cada semana cheia de treinos
03/11/2025 07:00 130 visualizações
CPMI do INSS: presidente de confederação de pescadores é preso
04/11/2025 08:32 125 visualizações
Você é uma pessoa honesta? Se você diz estas 9 frases, pode ter certeza que sim
06/11/2025 19:43 124 visualizações
Por dentro da cápsula subaquática gigante que abrigará humanos no fundo do mar
03/11/2025 10:08 123 visualizações
Quaest: maioria defende GLO no RJ e enquadrar facções como terroristas
03/11/2025 10:39 119 visualizações
