Hospitais 22/08/2025 16:58
Jovem morre após reação a contraste em exame: entenda o que é a substância e por que pode causar alergia

A morte de uma jovem de 22 anos em Rio do Sul (SC), vítima de um choque anafilático durante uma tomografia com contraste, chamou a atenção para os riscos — raros, mas possíveis — do uso da substância em exames de imagem. O caso ocorreu nesta sexta-feira (20).
Médicos ouvidos pelo g1 afirmam que o episódio é incomum, mas reforçam a importância da prevenção e da investigação prévia sobre possíveis alergias.
O contraste é uma substância química à base de iodo, bário ou gadolínio, administrada antes ou durante exames para melhorar a visualização de órgãos e tecidos. Ele funciona aumentando a diferença de densidade ou de sinal entre estruturas do corpo, o que facilita a detecção de alterações.
Na prática, isso significa que tumores, inflamações, vasos sanguíneos entupidos ou pequenas lesões ficam mais visíveis para os equipamentos e para o médico que analisa as imagens.
Segundo Vanessa Prado, cirurgiã do aparelho digestivo do Hospital Nove de Julho, cada tipo de exame exige um contraste diferente.
“O iodo é o mais importante para tomografias, enquanto o bário é usado em exames do aparelho digestivo. Já a ressonância pode recorrer ao gadolínio ou até aos próprios fluidos do corpo como forma de contraste”, explica.
Embora seguros na maioria dos casos, os contrastes podem provocar reações adversas em alguns pacientes. Isso acontece porque a substância pode ativar células inflamatórias no organismo, liberando histamina e outros mediadores químicos.
“O paciente pode apresentar desde sintomas leves, como náusea, calor e urticária, até quadros graves, como broncoespasmo, edema de glote e choque anafilático”, explica Augusto Villela Polonia, radiologista e coordenador do Setor de Radiologia da Clínica Villela Pedras.
De acordo com estudos citados pelo especialista, reações leves ao contraste iodado moderno ocorrem em até 3% dos pacientes. Já os casos graves são raríssimos, variando de 0,01% a 0,04%. No caso do gadolínio, usado em ressonâncias, a taxa de reações graves é ainda menor, em torno de 0,001%.
Pacientes com histórico de alergias diversas ou de asma estão entre os grupos mais vulneráveis. O radiologista Augusto Villela Polonia acrescenta que pacientes renais e cardíacos exigem cuidados redobrados.
“Nos rins, há risco de sobrecarga ou lesão associada ao contraste iodado. Já nos cardíacos, qualquer reação grave pode gerar instabilidade hemodinâmica mais acentuada”, afirma.
Os sintomas de uma reação adversa ao contraste podem surgir imediatamente ou em até algumas horas após o exame. Segundo Ensina, eles são divididos em três grupos:
Antes do exame, os profissionais devem realizar uma entrevista detalhada com o paciente. O histórico de alergias, uso de medicamentos (como metformina) e presença de doenças renais ou cardíacas precisam ser informados.
Segundo a cirurgiã, esse cuidado não deve ser responsabilidade apenas do paciente. “Não é o paciente que tem que lembrar de avisar. O laboratório e a equipe de saúde precisam investigar ativamente e seguir protocolos de segurança”, diz.
Durante o exame, a equipe mantém prontos adrenalina, corticoides, anti-histamínicos e equipamentos de suporte ventilatório. “Existe sempre um time preparado para agir rapidamente em casos de reação. Essa resposta imediata pode ser decisiva”, reforça Polonia.
Após o exame, a recomendação geral é manter boa hidratação para acelerar a eliminação do contraste pelos rins. Em pacientes com doenças renais, porém, esse cuidado precisa ser individualizado e pode incluir outras medidas, sempre sob orientação médica.
Em casos de histórico de alergia comprovada ao contraste, existem alternativas. Algumas lesões podem ser avaliadas por ressonância magnética sem contraste, tomografia simples ou até ultrassonografia.
Em situações em que o contraste é indispensável, médicos podem prescrever uma pré-medicação com corticoides e anti-histamínicos para reduzir o risco de reação.
Via G1.
Descrição Jornalista
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