Governo Lula já articula reação a possíveis sanções dos EUA ligadas ao julgamento de Bolsonaro - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado
PMN – Agosto Lilás – 0808 a 0809

Política 01/09/2025 09:18

Governo Lula já articula reação a possíveis sanções dos EUA ligadas ao julgamento de Bolsonaro

Governo Lula já articula reação a possíveis sanções dos EUA ligadas ao julgamento de Bolsonaro

Em Brasília, a atenção está voltada não apenas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que abrirá na terça-feira (2) o  de Jair Bolsonaro e outros sete acusados de articular um golpe de Estado em 2022, mas também a Washington.

 avalia que a sentença do Supremo pode desencadear uma nova rodada de sanções norte-americanas, caso o republicano  decida endurecer contra autoridades brasileiras.

Retaliação antes da sentença

Na última quinta-feira (28), o Planalto acionou a Lei de Reciprocidade para iniciar um processo de resposta às tarifas de 50% impostas por  a produtos brasileiros.

A medida foi formalizada no dia seguinte, quando a Embaixada do Brasil em Washington notificou o USTR, órgão que trata da política comercial dos EUA.

A leitura entre auxiliares de  é que a ofensiva econômica, ainda que oficialmente desvinculada do processo judicial, funciona como carta de garantia para o caso de novas punições ligadas ao destino de Bolsonaro.

O trâmite pode levar meses, mas o Brasil também dispõe de mecanismos imediatos para sobretaxar importações americanas se o conflito escalar.

Expectativa em torno de Trump

Parlamentares ligados a Bolsonaro acreditam que a administração republicana poderia recorrer até à Lei Magnitsky, ampliando sanções a familiares de ministros do STF, em especial os próximos a Alexandre de Moraes, relator do caso.

No Planalto, prevalece a percepção de que o clima de desconfiança não se dissipará antes das eleições de 2026, ano em que tanto Lula quanto Trump devem disputar novo mandato.

Como será o julgamento

O processo no STF será conduzido pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma. Estão previstas cinco sessões, em diferentes formatos: duas apenas pela manhã (das 9h às 12h) e três em turno duplo (9h às 12h e 14h às 19h).

A abertura ficará a cargo de Alexandre de Moraes, que apresentará seu relatório sobre as provas reunidas até agora, sem limite de tempo para a exposição.

Em seguida, falará o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reconduzido ao cargo na semana passada. Depois, cada defesa terá uma hora para sustentar seus argumentos.

Deu em Contra Fatos
Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista

🔝 Top 10 mais lidas do mês