Estudo feito por brasileiro reacende a polêmica sobre o Santo Sudário: ‘tecido não tocou o corpo de Jesus’ - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Religião 04/08/2025 07:10

Estudo feito por brasileiro reacende a polêmica sobre o Santo Sudário: ‘tecido não tocou o corpo de Jesus’

Estudo feito por brasileiro reacende a polêmica sobre o Santo Sudário: ‘tecido não tocou o corpo de Jesus’

Um estudo conduzido pelo pesquisador e designer brasileiro Cicero Moraes reacendeu uma antiga e importante discussão religiosa após ser publicado na prestigiada revista científica “Archaeometry”.

Com o respaldo da publicação, a sua análise sobre o Santo Sudário (o tecido que teria envolvido o corpo de Jesus após a sua crucificação) viralizou mundialmente. Em menos de uma semana, o artigo já figura entre os 10 mais comentados da história da revista, segundo a plataforma Altmetric.

Intitulado “Formação de imagens no Santo Sudário — Uma abordagem digital 3D”, o estudo analisa a origem da imagem impressa no Santo Sudário de Turim — um dos artefatos religiosos mais debatidos da História. Por meio de simulações digitais em 3D, o autor comparou dois cenários: a projeção de um corpo humano tridimensional e a aplicação de um modelo em baixo-relevo.

Os resultados indicam que o padrão de contato gerado pelo baixo-relevo apresenta maior compatibilidade com a imagem do Sudário, revelando menos distorções anatômicas.

Já a projeção de um corpo tridimensional resultou em deformações incompatíveis com a figura observada no tecido, reforçando a hipótese de que a imagem pode ter sido produzida por meios artísticos, possivelmente como uma obra medieval.

Estudo feito por brasileiro reacende a polêmica sobre o Santo Sudário: 'tecido não tocou o corpo de Jesus' — Foto: Divulgação
Estudo feito por brasileiro reacende a polêmica sobre o Santo Sudário: ‘tecido não tocou o corpo de Jesus’ — Foto: Divulgação
Estudo feito por brasileiro reacende a polêmica sobre o Santo Sudário: 'tecido não tocou o corpo de Jesus' — Foto: Divulgação
Estudo feito por brasileiro reacende a polêmica sobre o Santo Sudário: ‘tecido não tocou o corpo de Jesus’ — Foto: Divulgação

O estudo utiliza exclusivamente ferramentas livres e de código aberto, tornando o método acessível, replicável e transparente, destacou Cicero. O impacto do trabalho extrapolou o meio acadêmico e reacendeu o debate público sobre a autenticidade do Sudário, atraindo atenção internacional de veículos especializados, religiosos e científicos.

“O estudo que fiz é muito simples, trata-se de uma simulação digital que evidencia a impossibilidade da imagem de um corpo humano ser compatível com aquela presente no Sudário. De modo transparente e condizente com os padrões acadêmicos de reprodutibilidade, compartilhei alguns arquivos fonte para que interessados possam replicar a abordagem em questão, ou mesmo refutar tal trabalho”, afirmou Cicero ao PAGE NOT FOUND.

“Apesar da grande polêmica e de alguns sites e especialistas pró-origem divina do Sudário, comentarem que eu procurei evidenciar o que seria uma falsificação medieval, meu estudo não afirma isso, na verdade, indico que se trata de uma obra de arte cristã, muito bem sucedida em seu propósito de celebrar a fé”, acrescentou ele.

Designer e pesquisador brasileiro Cicero Moraes — Foto: Divulgação
Designer e pesquisador brasileiro Cicero Moraes — Foto: Divulgação

Questionado sobre o trabalho de Thomas de Wesselow, historiador da arte inglês agnóstico que escreveu “O Santo Sudário e o segredo da ressurreição”, no qual ele questiona que a técnica do negativo, como parece ser a do Santo Sudário, não era dominada na Idade Média, Cicero afirmou ao PAGE NOT FOUND:

“No meu artigo eu abordo sobre a habilidade dos artistas que era bem alta, tanto no período medieval, quanto antes de Cristo. Sobre a questão do negativo, apesar de alguns especialistas indicarem que é uma técnica inacessível, é relativamente simples replicar o efeito de modo não digital, basta o artista observar uma imagem por um tempo e depois fechar os olhos, a imagem imediata que “queima” no fechamento das pálpebras é o negativo.”

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Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


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