Alimentos 27/09/2020 08:20
Estão inventando uma nova marmota: “descolonizar a alimentação”
Imagine acordar certa manhã e não poder tomar um cafezinho ou comer um pão com manteiga. No almoço, não encontrar o arroz para preparar a tradicional dupla com o feijão.

Imagine acordar certa manhã e não poder tomar um cafezinho ou comer um pão com manteiga. No almoço, não encontrar o arroz para preparar a tradicional dupla com o feijão.
Ou ainda, durante o café da tarde, ser privado de um queijo minas ou de uma cesta de pães de queijo porque, veja só, não existe leite.
Foi esse o exercício de imaginação proposto pela cozinheira e health coach Larissa Colombo, numa sequência de imagens publicadas em agosto em suas redes sociais.
A peça, que defendia o conceito de descolonização da alimentação, gerou uma pequena controvérsia entre os usuários ao questionar o consumo desses alimentos, que têm origem estrangeira.
O café, por exemplo, veio da Etiópia, o trigo do Oriente Médio, o leite da Europa e o arroz da Ásia. Até o uso do prato foi questionado na postagem, por ter sido introduzido no Brasil por colonizadores.
Houve quem tachasse a proposta de “terraplanismo da história da gastronomia”.
“Essa galera que não toma banho me inventa cada coisa”, escreveu uma usuária ao repercutir o post no Twitter. Já uma estudante de nutrição considerou válida a proposta se a intenção for refletir sobre a história do que consumimos — e não deixar de comer tudo que venha de fora.
Apesar das manifestações de incredulidade, a ideia de decolonizar a alimentação brasileira é levada a sério por pesquisadores, cozinheiros e sociólogos. Seu significado, porém, tem interpretações diversas. Uma das personalidades hoje na linha de frente dessa luta é a cozinheira, realizadora cultural e pensadora indígena Tainá Marajoara.
“Quando a gente fala em decolonizar a alimentação, não é só tirar o francês da mesa brasileira nem reclamar com o europeu por estar há 520 anos aqui”, diz ao TAB a paraense de 37 anos. “É entender que o pensamento do brasileiro precisa mudar, porque está completamente subjugado”.
Um dos principais cuidados no estabelecimento é não incluir ingredientes industrializados ou cultivados com agrotóxicos, evitando, segundo ela, contribuir com um sistema colonizador que destrói a terra, precariza o trabalho, concentra a renda e leva povos indígenas à morte.
Deu em TAB
Descrição Jornalista
Vice-governador Walter Alves cumpre agenda em Angicos e Santa Maria
21/12/2025 05:01
Parlamentares pedem prorrogação da CPI do INSS por mais quatro meses
20/12/2025 12:17
Atividade industrial da China encolhe pelo oitavo mês seguido em novembro
01/12/2025 08:00 391 visualizações
O jovem morto após invadir jaula de leoa em João Pessoa: ‘A última etapa de uma tragédia anunciada’
02/12/2025 08:25 240 visualizações
Rede criminosa invadiu 120 mil câmeras domésticas para obter e vender vídeos de teor sexual
04/12/2025 05:23 207 visualizações
Como ativar conta na Uber que facilita o uso para idosos
01/12/2025 06:34 203 visualizações
02/12/2025 04:30 201 visualizações
02/12/2025 07:37 195 visualizações
Com Messias, STF consolida perfil: saem juízes e juristas, entram ministros de governo
02/12/2025 09:06 195 visualizações
BYD convoca recall de quase 90 mil veículos por falha em baterias
02/12/2025 08:00 189 visualizações
Chamada de projetos para indústria do Nordeste aprova R$ 113 bilhões em propostas para região
02/12/2025 06:31 183 visualizações
