Em “país normal”, contrato do Master com escritório da esposa de Moraes exigiria saída do ministro, diz Alexandre Garcia - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Corrupção 11/12/2025 07:07

Em “país normal”, contrato do Master com escritório da esposa de Moraes exigiria saída do ministro, diz Alexandre Garcia

Em “país normal”, contrato do Master com escritório da esposa de Moraes exigiria saída do ministro, diz Alexandre Garcia

O jornalista Alexandre Garcia publicou, em 9 de dezembro de 2025, um artigo contundente sobre o contrato firmado entre o Banco Master e o escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O acordo previa pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões durante três anos — uma soma que poderia alcançar R$ 129 milhões.

Valores e escopo do contrato levantam questionamentos

Segundo a apuração citada por Garcia, o contrato não vinculava os serviços jurídicos a um caso específico. O escritório deveria atuar para o banco sempre que fosse considerado “necessário”, característica que, para críticos, amplia o risco de favorecimento e alimenta suspeitas de conflito de interesses.

Os documentos que revelaram o acerto foram apreendidos pela  durante a Operação Compliance Zero, que investiga supostas fraudes financeiras envolvendo o Master.

Entre os arquivos, chamou atenção o trecho que indicava que os pagamentos ao escritório deveriam ter prioridade absoluta, algo classificado por Garcia como totalmente incomum para contratos do tipo.

Reação de entidades e impacto na confiança pública

A repercussão foi imediata. A Transparência Internacional/Brasil alertou que negociações dessa natureza, envolvendo familiares de  e instituições investigadas, podem comprometer seriamente a credibilidade do Judiciário.

Para a entidade, a relação financeira entre o banco e a esposa de um magistrado que integra o STF agrava a percepção de vulnerabilidade ética e institucional.

Colunista afirma que caso exige explicações e poderia levar à renúncia

Diante do cenário, Garcia escreveu que, “em um país normal”, a preservação da confiança nas instituições demandaria uma resposta pública — e até a renúncia de Alexandre de Moraes.

Na avaliação do colunista, o volume do contrato e o contexto em que ele surge fragilizam a imagem de  do ministro, intensificando uma crise de confiança que alcança o próprio  Tribunal Federal.

Deu em ContraFatos

Ricardo Rosado de Holanda
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