‘Devastador’: psicólogo alerta sobre como uso excessivo de telas pode afetar as crianças - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Crianças 26/11/2025 12:16

‘Devastador’: psicólogo alerta sobre como uso excessivo de telas pode afetar as crianças

‘Devastador’: psicólogo alerta sobre como uso excessivo de telas pode afetar as crianças

uso de telas digitais por parte de crianças e adolescentes tem crescido nos últimos anos a partir da popularização do telefone celular. Em 2024, o país tinha 167,5 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade com celular para uso pessoal, de acordo com pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Brasil é o segundo país que mais gasta tempo na internet. Enquanto a média global é de 6 horas e 37 minutos, os brasileiros ficam 10 horas e 19 minutos por dia conectados, o que representa mais de cinco meses por ano utilizando as telas.

Em entrevista ao R7, o doutor Cristiano Nabuco, especialista em psicologia digital, afirma que quanto mais cedo as crianças interagem com as telas, pior são os efeitos no desenvolvimento do cérebro.

Nabuco diz que a capacidade de memorização, além da piora da criatividade e da atenção, são algumas das consequências que crianças e adolescentes enfrentam com o uso exagerado de aparelhos como celular e computadores.

O psicólogo destaca que no Vale do Silício (região nos EUA que reúne grandes empresas de tecnologia) algumas escolas proíbem o uso de tecnologia e recomendam que dentro de casa também seja evitada até os 8 anos de idade. Cristiano Nabuco diz que a procura por essas instituições é alta, especialmente entre filhos de executivos das chamadas big techs, e faz o seguinte questionamento: o que eles sabem que a gente não sabe?

Confira a entrevista com o psicólogo clínico Cristiano Nabuco:

R7: Qual é o impacto que o uso excessivo de tela causa em crianças e adolescentes?

Cristiano Nabuco: É devastador. Nós sabemos que as telas digitais foram introduzidas na vida de uma maneira bastante precoce, principalmente pelos pais que, sem ter um conhecimento mais claro, entenderam que tornar o filho precocemente tecnológico estaria prestando um grande serviço para ele. E, passado o tempo, o que a gente viu foi exatamente o contrário. Algumas pesquisas começaram a mostrar que quanto mais cedo você entra com essa tecnologia, piores são os efeitos. Por que piores são os efeitos? Porque, no fundo, o cérebro tem um processo natural de desenvolvimento, aonde ele precisa receber certas estimulações e essas estimulações elas vão sendo feitas de uma maneira mais progressiva.

Então, imagine que você tem dois aninhos de idade, em vez de eu dar para você um móbile, aquele joguinho que você tem a forma do triângulo, tudo aquilo que envolve essa estimulação, que ela é motora, essa estimulação cognitiva que desafie a criança vai fazendo com que essas possibilidades sejam amplificadas. Cristiano, isso quer dizer o quê? Que a hora que você dá para criança um determinado aplicativo, por exemplo, aonde ele sempre dá as mesmas respostas ou os mesmos joguinhos, claro, a criança evolui e ela fica melhor naquilo. Só que não existe uma correspondência entre a criança melhorar no jogo e transferir essas habilidades para a vida concreta. Você tem praticamente 85% dos aplicativos que se autodenominam pedagógicos, na verdade, nunca foram estudados.

E quem é que fala que é pedagógico? Exatamente as empresas de tecnologia. Então, você tem um conflito de interesses bastante significativo. Tem um autor que eu gosto muito, que é o Michel Desmurget, ele tem um livro chamado ‘Fábrica de Cretinos Digitais’. O título é bastante impactante e ele conta lá em uma pesquisa que crianças de 0 aos 2 anos de idade que usam telas apenas 50 minutinhos por dia, no final de 24 meses, terão deixado de escutar mais de 800 mil palavras. Então, o excesso de tela até os dois anos de idade: piora a capacidade de criatividade, piora a capacidade de memorização. Capacidade atencional também fica prejudicada. Quanto mais tela até os 2 anos, pior o desenvolvimento da linguagem. Nós temos algumas algumas sociedades internacionais, como, por exemplo, Sociedade de Pediatria Canadense, que alguns anos atrás ela preconizava que antes dos 8 anos você não deve dar tela aos seus filhos.

O que nós temos, por exemplo, pela Sociedade Americana de Pediatria, que virou o guideline (diretriz) mundial. O que eles falam? De 0 a 2 anos, zero de telas. Dos 2 aos 5, uma hora de tela só, longe das atividades ligadas ao sono, ou seja, não vai dar à noite e longe da atividades ligadas à alimentação, porque a criança se distrai. Dos 5 aos 10, uma hora e meia, observando exatamente as mesmas questões, porque obviamente não dá para você viver em um mundo que você não esteja interagindo com a tecnologia.

Mas Cristiano, o que que você acha? Eu não deixaria, eu sou mais afeito a essa visão de você restringir para que as capacidades intelectuais, as capacidades emocionais sejam plenamente desenvolvidas para daí então, você entrar com a tecnologia. Entrar antes não vai tornar seu filho mais capacitado. Tanto é que no Vale do Silício, onde tem a maior concentração de empresas de tecnologia, existe um tipo de escola onde eles não deixam entrar a tecnologia e mais, recomendam que essa tecnologia não seja levada para dentro de casa até os 8 anos de idade. E quem que disputa a tapa a essas vagas? Os filhos dos CEOs dessas empresas de tecnologia. Então, o que que eles sabem que a gente não sabe? Hoje a gente já sabe que todos esses mecanismos tecnológicos, eles possuem alguns algoritmos que fazem você navegar mais. Ou seja, você fica mais tempo que você planejava inicialmente, você navega por coisas que, na verdade, não é o do seu interesse e você vai trocando a vida real pela vida virtual.

Tem um estudo antigo que já mostrava que mais de duas horas por dia para exposição em televisão já seria prejudicial. E ele falava que a cada hora adicional dobravam as chances da criança sofrer bullying. Cristiano, o que que tem a ver o ver televisão com sofrer bullying? Quanto mais tempo ele fica, menos ele exercita as relações interpessoais, fazendo dele então uma vítima mais fácil. Quando você olha, por exemplo, para o Brasil hoje. O Brasil era o segundo país que mais gastava tempo em frente à internet. Enquanto a média global seria algo em torno de 6 horas e 37, o Brasil estava em 10 horas e 19 minutos por dia. Algo em torno de 157 dias por ano, mais de cinco meses somente interagindo com as telas. Então, não vá me dizer os mais apressados de que isso não tem um impacto negativo. Claro que tem.

R7: Então, não existe um tempo diário ideal de tela para crianças? O ideal é nenhum minuto?

Nabuco: Nenhum tempo de tela. O que acontece, aí é o grande ponto e a gente tem que ser razoável, hoje, a sociedade moderna é um tipo de vida que ele exige muito de você. Então, isso faz com que a mulher que antes tinha o papel de ser dona de casa, ela tenha que trabalhar também, ela tenha que fazer uma série de questões paralelas. Então exige dela uma segunda jornada de trabalho, uma terceira. Então num determinado momento, quando esses pais chegam em casa, é até legítimo você ver que eles estejam dando uma tela digital para criança para que as crianças possam se entreter um pouquinho, porque afinal de contas, não dá para fazer tudo. E eu entendo, eu sou simpático a essa dificuldade, mas o grande ponto é que nós precisamos falar a respeito, porque esse tipo de entretenimento, ele pode custar muito caro para a vida intelectual, para a vida emocional do seu filho mais adiante.

R7: Já que não tem como às vezes impedir o uso de tela, tem algum horário que seria menos pior para a criança?

Nabuco: Eu acho que longe da alimentação e longe do horário noturno, Cristiano, então vamos lá, eu moro numa comunidade que é super violenta, eu prefiro o meu filho aqui trancadinho do que ele lá fora. Então o que você vai fazer? Você pode, eventualmente, permitir com que ele utilize, mas com um tempo específico, com começo, meio e fim. Então você pode ficar todos os dias das quatro às quatro e meia. Você quer ser mais tolerante? Das quatro às cinco, mas você tem que fazer uma curadoria desse conteúdo, porque se você simplesmente coloca qualquer coisa, a chance de essa criança estar sendo exposta a conteúdos que são negativos é muito grande.

R7: Existe algum conteúdo que seria bom para as crianças, não essa coisa repetitiva de ficar vendo vídeo atrás de vídeo?

Nabuco: Isso é uma coisa interessante para a gente tentar explicar aqui, deixa eu usar uma metáfora aqui para ficar mais fácil. Imagina que a gente está numa sala de aula. Nós temos 50 alunos e nós temos aí vários grupos. Vamos imaginar que cada grupo tem uma capacidade diferente. O grupo do fundão é muito bom para lembrar de coisas que foram ensinadas. Eu tenho colado aqui na minha frente, bem perto aqui do professor, o grupo do reforçamento do comportamento. De repente, eu chego e mostro um copo de água. Esse grupo vem e toma rapidamente o copo de água. Aí, no segundo dia, eu venho e eu vou mostrar alguma outra coisa, esse grupo vem e pega. Então, o que acontece? Esses estímulos que são rápidos demais, são quase que telegráficos, eles não dão tempo para que as outras áreas do cérebro possam ponderar a respeito. Fazendo então que essa circuitaria, que é a circuitaria da liberação da dopamina, que é o que acontece, por exemplo, no uso de algumas substâncias ilícitas, álcool, ela já processa e libera uma sensação de satisfação pelo fato de você ter conseguido. Então, quanto mais esse circuito menor, esse curto-circuito, ele ocorre, mais ele anula a função das outras áreas do grupo da sala. Chega um determinado momento que os outros grupos eles estão praticamente adormecidos, é o que acontece com o cérebro.

Cristiano Nabuco é um dos pioneiros nos estudos sobre o impacto da tecnologia entre os jovensDivulgação – 19.11.2025

Eu vejo com muita frequência que essas crianças que vão se desenvolvendo, a hora que elas entram para uma universidade, elas não conseguem seguir adiante. Porque a universidade envolve uma relação que não é uma relação tão digital. É a relação daquele professor que entra, começa a falar, ele vai falar durante uma hora, duas horas. Ele vai esperar que você consiga anotar, ele vai pedir para que você reflita a respeito da interpretação do que ele está dizendo. Imagina o curso de direito, um curso de humanas que eles não conseguem e eles começam então a tomar pau, tomar pau. Então a quantidade de jovens adultos hoje que entram na faculdade e que não conseguem seguir é imensa, porque eles não treinaram as habilidades para uma vida adulta.

R7: Os pais devem assistir junto com a criança ou ela deve ficar sozinha nesse momento do uso de tela?

Nabuco: Se houver tempo, é importante que os pais estejam próximos, porque na medida em que os pais estão próximos, eles vão desenvolvendo o raciocínio crítico da criança. ‘Olha, esse tipo de estímulo é legal. Ah, esse não, filhão. Olha, essa galinha pintadinha está batendo muito aqui no outro, isso não é legal.’ É um alterego que está ali ao lado, tentando desenvolver exatamente esse tipo de referência, porque se você simplesmente coloca para criança e ela consome, você não tem segurança que aquilo está sendo consumido de uma forma positiva e que ela vai fazer uma boa utilização. E eu tenho uma história para contar de uma paciente minha que ela chega aqui e ela me mostra o telefone celular da filha de 7 aninhos. Só que ela traz o telefone da filha porque ela queria me mostrar um negócio. O que que tinha nesse nesse telefone? Uma série de imagens pornográficas e eróticas. Essa criança ia para escolinha e na hora do intervalo, a professora escrevia nome de músicas infantis para as crianças procurarem no Google. E uma das músicas que foi escrita na lousa era a ‘Dança do Pintinho’. Então você escreve ‘Dança do Pintinho’ vai aparecer o órgão sexual.

R7: Tem alguma atitude ou algum comportamento que mostra que a criança já está viciada no uso de telas ou é difícil para o pai perceber isso?

Nabuco: A criança não quer fazer nada de diferente, ela só quer estar com o telefone o tempo todo, ela faz birra, quando você entrega ela não quer devolver depois, então ela começa a fazer chantagem, tem comportamentos agressivos.

R7: A partir desse ponto, é possível que os pais resolvam a situação dentro de casa?

Nabuco: Eu acho que sim. E esse é o grande paradoxo, é o grande dilema, os pais eles precisam ser bons modelos a serem copiados. Não adianta eles quererem regular a utilização das telas das crianças se eles não são um dos primeiros que também vão dar uma boa demonstração de como utilizar.

R7: Todo mundo já viu em um restaurante, por exemplo, você vê o pai, a mãe, os filhos, cada um no seu celular.

Nabuco: Exatamente, é um horror. Coitados dos pais, eles não têm a menor noção do risco que isso pode estar representando, porque o que acontece, não é você usar o teu telefone celular e é o quanto isso, na verdade, vai se tornando um problema mais estrutural. O que isso quer dizer? Quantas vezes que a gente vê crianças que tão viajando em carro ou em avião, ou eles tão com um celularzinho na mão, eles não conseguem mais ficar simplesmente olhando pela janela. Então, é como se eles não aprendessem a lidar com a falta de estímulo.

R7: Esse tempo sem esse estímulo, ele ajuda a criança ou adolescente de alguma maneira?

Nabuco: Sim, porque aí o que acontece é exatamente quando você não tem a estimulação, é que seu cérebro pode trabalhar para poder avaliar aquilo que ele viveu. Se você fica nesse padrão de estimulação contínua, você não dá tempo de você acomodar as experiências que você viveu. É o velho ócio criativo dos gregos, não é? É exatamente quando você sai daquele modelo default (padrão) de funcionamento, que seu cérebro começa a fazer as associações.

R7: Em relação à rede social, você acha que há uma idade ideal para deixar a criança ter Instagram, TikTok?

Nabuco: Não, de jeito nenhum. Existe um movimento forte agora, inclusive, que o objetivo dele é fazer com que as redes sociais elas sejam impedidas de serem expostas para jovens até pelo menos 14 ou 16 anos.

R7: Existe algum ponto positivo no uso de tela em relação à criança ou adolescente?

Nabuco: Pois é, essa é uma pergunta de um milhão de dólares. O que se costuma dizer hoje é que novas tecnologias vêm adentrando no nosso cotidiano e que elas devem ser aproveitadas, né? Então, por exemplo, se você tem aí hoje um processo de educação, que você tem realidade virtual e que você coloca um óculos e você vai andar dentro de um coração. Puxa, que legal. A gente consegue hoje conversar com uma inteligência artificial. O problema na verdade, eu acho que não são as telas em si, mas o grande ponto é que no fundo não existe a orientação de como explorar melhor essa tecnologia. Eles chamam isso no inglês de digital literacy, que seria um letramento digital. Não existe letramento digital. Você entrega o telefone é a criança que se vira. Então, isto não é legal, porque você pode estar expondo a coisas que você não sabe se fazem bem para criança. Tem uma pesquisa que foi feita no Reino Unido, mostrando que meninas adolescentes, da faixa mais vulnerável, que gastavam mais de três horas por dia junto às redes sociais, tinham um aumento de 75% de chance de desenvolver condutas auto lesivas, como automutilação, tentativa de suicídio. Exatamente pelo fato de elas entrarem em contato com modelos de perfeição que não existem, mas que reforçam nelas a sensação de incapacidade, de falta de competência.

R7: O senhor é a favor da lei que restringe o uso de celular em escolas?

Nabuco: Eu sou a favor desta lei com uma ação conjunta, que não veio ação conjunta nenhuma. Porque você resolve um problema na escola, mas você joga o problema para os pais. Então, se você não tiver um apanhado maior de ações que visem, efetivamente, colaborar com uma conscientização digital, aí fica complicado. E aí é o grande ponto que eu ia entrar. Por exemplo, eu estou aqui com um suporte de telefone celular, para ele ter sido lançado aqui no Brasil, ele foi para o Inmetro. O Inmetro deve ter colocado dentro de um líquido para ver se solta a tinta, caso uma criança coloque na boca. E as redes sociais? Existe algum Inmetro mundial? Não. Então, isso que a gente costuma falar que não é justo, as empresas criam um problema para a população leiga ter que resolver. Agora, o que que acontece, né? Você tem na maior parte das vezes legisladores que não entendem nada e eles tentam correr atrás para poder resolver minimamente o problema, só que eles que têm a caneta na mão, eles não entendem direito. Eles têm muita boa vontade, mas não não dá para você ter tantas especialidades, tantas pessoas, tantos parlamentares. Faltam grupos de trabalho que olhem para isso junto com esses legisladores. Essas empresas de tecnologia, elas precisam abrir os dados delas. Eu não me lembro agora o nome dele, acho que é o primeiro presidente do Facebook. Ele tem uma fala no YouTube que ele diz o seguinte: “Somente Deus saberá o que esta rede social fará com a cabeça dos nossos filhos.” E aí ele continua: “Nós exploramos uma vulnerabilidade humana, que é a necessidade de aceitação para fazer com que as pessoas retornassem aos nossos produtos”. (a frase foi dita por Sean Parker, cocriador do Facebook, em 2017) É business, né? Tudo por dinheiro.

R7: Pensando não só em crianças e adolescentes, muito se fala da tela azul. O quanto ela prejudica as pessoas?

Nabuco: Nós temos um relógio biológico que é aquele ritmo circadiano. Conforme você vai chegando à noite, você começa a ter, por exemplo, liberação de algumas substâncias, e você tem uma delas que é a melatonina, que na medida em que você começa a ficar em ambientes mais escuros, ela começa a liberar essa melatonina para induzir o sono. Algumas pesquisas mostram que, por exemplo, uma hora de telefone celular no período noturno reduz em até 20% a liberação da melatonina. Fazendo com que você tenha dificuldades para dormir. Você não tem o sono profundo que você precisaria ter para que o sistema linfático, que é o sistema que faz a ‘faxina no cérebro’, possa funcionar, porque aquele negócio fica vibrando o tempo todo ou tocando, então você não tem limpeza do cérebro, você não tem a liberação do hormônio do crescimento que é o GH, como você precisaria ter. Você não tem a consolidação da memória.

Você vai ter uma série de aspectos fazendo então com que esse sono entrecortado, ele seja altamente prejudicial. No dia seguinte, a criança não acorda bem disposta, não consegue ter motivação para conseguir estudar. Saiu uma pesquisa antes da pandemia em uma revista americana chamada Sleep, que é tradução do sono, que mostrava que crianças entre 0 e 8 anos de idade, 50% desta amostra americana acordava pelo menos uma vez ao longo da noite só para olhar o seu telefone e celular. Então, então o que acontece, né? Está um caça às bruxas, quer dizer, como é que nós vamos proteger a nossa população? Como que a gente vai lidar? E agora com a inteligência artificial, como que vai ser? Então, qual é a sensação que eu tenho? É um problema gravíssimo que está acontecendo sobre as nossas barbas e agora é que as pessoas estão começando a perceber que existe problema, mas é como a gente costuma dizer, é tudo muito lento perto da velocidade que essas tecnologias apresentam em termos de desenvolvimento, de invenção. Então, proteja seu filho, porque o cérebro dele vai agradecer. Caso contrário, é possível que algum problema se manifeste.

Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista