Previdência 27/08/2025 05:59
CPI do INSS: pressionado após derrota, governo tenta emplacar deputado do PSB na vice e evitar convocação de irmão de Lula

Após uma derrota inicial na eleição da presidência da CPI do INSS, a base governista concentra esforços na primeira sessão do colegiado para minimizar impactos políticos, em meio à pressão por convocação de testemunhas tidas como sensíveis, incluindo o irmão do presidente Lula, José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, vice-presidente de um sindicato.
A comissão foi instalada em um momento em que o governo acumula desgaste por derrotas recentes no Congresso e busca evitar que a investigação se transforme em palco de confronto direto entre aliados e opositores.
Na noite desta segunda-feira, Gleisi Hoffmann reuniu cerca de 20 deputados e senadores da base, a maior parte titulares da CPI e alguns suplentes, para alinhar a estratégia.
O encontro serviu para reforçar que nenhum integrante pode faltar às sessões, sob risco de perder o assento no colegiado.
A avaliação foi de que a ausência de governistas abriu espaço para que o PL assumisse suplências e a oposição conquistasse a presidência. Uma das medidas práticas definidas foi formalizar pedido à mesa do Senado para desfazer os blocos parlamentares que possibilitaram essa manobra da oposição.
Outro ponto tratado foi a eleição da vice-presidência, marcada para esta terça-feira. Ficou decidido que Duarte Júnior (PSB-MA) será o candidato da base, em consenso após Paulo Pimenta (PT-RS) recuar da disputa.
Pimenta não apresentou candidatura e assumirá um papel informal de coordenador político do governo na comissão.
No campo da pauta, a ordem é tentar derrotar o plano de trabalho elaborado pela relatoria, considerada excessivamente alinhada à oposição.
Mesmo antes de votar seus primeiros requerimentos, a CPI já acumula 910 pedidos ainda não apreciados. Entre os requerimentos que estão na pauta desta terça-feira estão convocações de nomes ligados aos governos Lula e Bolsonaro, além de pedidos de acesso às investigações sobre as fraudes.
A derrota do governo na eleição da presidência da CPI ficou clara com a vitória de Carlos Viana (Podemos-MG), em uma chapa que reuniu setores da oposição, que indicou Alfredo Gaspar (União-AL) como relator.
A movimentação surpreendeu a base, expondo fragilidades na articulação interna, apesar de o bloco governista manter maioria numérica no colegiado.
Inicialmente, a base havia articulado acordo com os presidentes do Senado e da Câmara, Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), respectivamente, prevendo Omar Aziz (PSD-AM) na presidência e Ricardo Ayres (Republicanos-TO) na relatoria, mas o plano foi frustrado pela ofensiva da oposição.
Além da disputa por cargos, o governo monitora a pauta da comissão e tenta influenciar o calendário das reuniões, atualmente marcadas pela oposição para segundas e quintas, dias em que Brasília costuma estar mais vazia.
A estratégia inclui também contatos com senadores independentes, estudos jurídicos sobre a possibilidade de restringir convocações e articulações para que depoimentos como o de Frei Chico não ocorram.
O irmão de Lula é ligado ao Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), citado em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre possíveis fraudes. Frei Chico não é investigado, e o sindicato nega irregularidades. Não há requerimento de convocação dele na pauta desta sessão.
O governo também tenta pautar requerimentos-chave como a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do senador e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. Esses pedidos não estão na pauta da sessão de hoje e devem enfrentar dificuldades para serem votados.
A CPI do INSS se configura como um teste de capacidade de articulação do governo, que precisa equilibrar a defesa de aliados, evitar desgastes políticos desnecessários e manter o controle sobre o fluxo de informações e documentos enquanto a comissão avança na coleta de depoimentos.
Para aliados do Planalto, o desafio é impedir que a investigação se transforme em um instrumento de pressão política contra Lula e sua base, ao mesmo tempo em que se preserva a imagem de transparência e legalidade.
Descrição Jornalista
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