Confiança do comércio cresceu em junho, mas segue aquém do nível de 2024 - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado
PMN – Agosto Lilás – 0808 a 0809

Comércio 27/06/2025 06:36

Confiança do comércio cresceu em junho, mas segue aquém do nível de 2024

Confiança do comércio cresceu em junho, mas segue aquém do nível de 2024

Medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou alta pelo terceiro mês consecutivo em junho.

Mas o saldo positivo de 1,4% não foi suficiente para recuperar as perdas acumuladas em relação ao ano passado.

Segundo o levantamento, o Icec atingiu os 105,9 pontos, o que representa uma queda de 3,7% em relação ao período equivalente de 2024.

O componente com a pior avaliação continua sendo Condições Atuais da Economia, que evoluiu 3,9% frente a maio, mas segue 13,6% abaixo do patamar registrado um ano atrás.

Ainda assim, as condições atuais, que englobam também o julgamento sobre o setor e as empresas, apresentaram melhora de 2,7% nos últimos 30 dias.

Na visão dos entrevistados, a conjuntura está mais propícia agora do que em maio: alta de 2,2% na percepção sobre o próprio negócio e de 2,4% sobre o mercado de atuação.

Aos poucos, otimismo retorna

A análise dos subíndices daquilo que é esperado para o futuro revela otimismo. A soma deles, representada pelo quesito Expectativas, cresceu 1,3% no mês, com as três subcategorias (empresa, setor e economia) em curva ascendente na classificação.

Com isso, as intenções de investimento também subiram, fechando o mês em +0,7%.

Os aportes deverão ser destinados, principalmente, para a contratação de funcionários (+0,9%) e a ampliação das empresas (+0,9%), além da formação dos estoques (+0,4%). O componente que mede a disposição do varejo de reforçar as equipes foi, inclusive, o único com saldo positivo, na variação anual, de 0,4%.

“Os dados mostram que os empresários vêm retomando gradualmente a confiança, especialmente em relação ao curto prazo, apesar do cenário desfavorável, composto pelo crédito restrito e juros elevados que impactam a disposição para investir. A recuperação ainda é tímida e desigual entre as diferentes categorias do comércio”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Recuperação por segmento

Entre os segmentos analisados, o varejo de bens não duráveis, como supermercados, farmácias e lojas de cosméticos, teve o maior recuo na confiança setorial no ano (-5,0%), mesmo com crescimento mensal de 1,7%.

“O dado agregado não mostra as nuances, mas o segmento de roupas, calçados e acessórios, por exemplo, melhorou em 3% a intenção de contratação de novos funcionários, em relação a junho de 2024, indo contra o recuo nos outros segmentos. Já os comerciantes de eletrônicos e móveis lideram a alta mensal das expectativas para o setor, com 2,4%, mas acumulam perdas no ano, principalmente em condições atuais do comércio, com -8,1%. Essa combinação indica que alguns setores já ensaiam uma recuperação mais consistente”, avalia o economista da CNC João Marcelo Costa.

Sobre o Icec

A pesquisa ouviu cerca de seis mil empresas em todas as capitais do País.

O Icec varia de 0 a 200 pontos, sendo 100 o nível de neutralidade. Valores acima indicam otimismo; e abaixo, pessimismo.

Deu no Portal da CNC

Ricardo Rosado de Holanda
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