Aviação 03/01/2021 09:44
Com covid-19 e isolamento social, setor aéreo teve pior ano da história
Pandemia e isolamento complicaram caixa e finanças das empresas, que precisaram cortar rotas e trabalhar em conjunto
A expectativa para 2020 era alta no setor aéreo.
O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, previa que seria o melhor ano para as empresas desde 2010.
Com a saída da Avianca Brasil do mercado e a consequente redução da concorrência, as companhias tinham elevado os preços das passagens em 2019 e viam a situação de seus caixas melhorar.
A Azul prometia elevar a oferta em 20%, enquanto Gol e Latam, entre 6% e 9%. Mas não poderia ser mais diferente do que aconteceu.
Com a covid-19 e o distanciamento social, o setor teve o pior ano de sua história, com uma queda de demanda que chegou a 94,5% no pior momento.
“No pré-covid, as coisas estavam indo super bem. Os voos estavam cheios. Seria um ano recorde para nós. Aí, de repente, tudo parou”, lembra o presidente da Azul, John Rodgerson.
A paralisação dos voos foi global e o setor acabou sendo um dos mais atingidos pela crise do coronavírus. O impacto foi tão profundo que, rapidamente, governos passaram a resgatar empresas aéreas privadas.
Nos Estados Unidos, inicialmente, US$ 25 bilhões foram destinados às companhias do setor — mais US$ 15 bilhões foram aprovados no fim do ano. Na Alemanha, € 9 bilhões socorreram a Lufthansa.
Por aqui, as discussões por uma ajuda estatal foram travadas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BDNES) e fracassaram.
O modelo proposto pelo banco, que financiaria 60% do empréstimo — 10% deveriam vir de um sindicato de bancos e 30% levantados no mercado — foi considerado caro e ineficiente pelas companhias.
Isso porque os títulos das empresas já são negociados hoje no mercado. As companhias teriam, portanto, de oferecer juros mais elevados para essa nova dívida se tornar atraente. A esse preço mais alto, bancos privados poderiam fornecer o crédito.
A saída encontrada por Gol e Azul acabou sendo recorrer ao mercado financeiro. Já a Latam entrou em recuperação judicial (chapter 11) nos EUA.
Além do pedido de recuperação em Nova York, a Latam adotou outra saída inesperada e fechou uma parceria de “code share” com a Azul para as empresas realizarem voos de forma conjunta.
Até o ano anterior, as companhias viviam disputa acirrada pelas autorizações de pouso e decolagem no aeroporto de Congonhas (SP) deixadas pela Avianca Brasil, que havia falido.
A briga levara os presidentes das empresas a trocarem acusações publicamente e ainda fez com que a Azul deixasse a Abear, a entidade que representa o setor.
Deu em Exame
Descrição Jornalista
Itamaraty protesta na ONU contra vistos negados pelos EUA
15/09/2025 17:29
Brasil será território de disputa entre China e EUA, diz professor
15/09/2025 16:56
A reação em cadeia que virá com julgamento de Bolsonaro
03/09/2025 09:37 190 visualizações
Filho de Lewandowski advoga para empresa ligada ao PCC, alvo da Polícia Federal, MPSP e Receita
02/09/2025 09:35 183 visualizações
RN dispara arrecadação em 368% com extração de ouro
05/09/2025 10:55 167 visualizações
CGU abre processo contra 41 associações e empresas envolvidas no esquema do INSS; veja quais
02/09/2025 15:56 143 visualizações
Sono Meu #7 | Zolpidem: saiba como a pílula do sono pode virar pesadelo
02/09/2025 06:34 142 visualizações
Reforma Administrativa será duradoura e manterá estabilidade de servidores, diz relator
04/09/2025 06:27 129 visualizações
Padre Marcelo Rossi celebra cura da depressão e inspira seguidores no Instagram; ‘coragem’
06/09/2025 11:34 120 visualizações
Veja como foi o primeiro dia do julgamento de Bolsonaro no STF
03/09/2025 08:44 116 visualizações
03/09/2025 07:04 111 visualizações