Política 27/02/2025 10:28
Brasil tem mais “isentões” que lulistas ou bolsonaristas, confirma pesquisa
Brasileiros que preferem votar em “algum candidato que não seja ligado a Lula ou Bolsonaro” superam, em número, os que preferem o presidente, o ex-presidente e candidatos apoiados por eles

Além de confirmar a queda de popularidade do presidente Lula (44% de avaliação negativa do governo; 55,3% de desaprovação do desempenho pessoal;
e 64,8% de “não merece” ser reeleito), a pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 25, confirma também que o Brasil tem mais “isentões” que lulistas ou bolsonaristas – tema comentado, semanas antes do resultado, em minha participação em um podcast (assista ao vídeo, no fim deste texto).
Os brasileiros que preferem votar em “algum candidato que não seja ligado a Lula ou Bolsonaro” são 35,1%; enquanto 30,7% preferem “Jair Bolsonaro ou candidato apoiado por ele”; e 29,4% preferem “Lula ou candidato apoiado por ele”, de acordo com o levantamento. Apenas 4,8% não responderam ou não souberam responder.
No domingo, 23, um seguidor havia me questionado sobre o tema no Instagram:
“O que acha de quem chama aqueles que não apoiam nem Lula e nem Bolsonaro de isentões?”
Respondi em Story e no X:
“Dar um valor negativo à independência é prática de propagandistas e bajuladores de populistas, que se alimentam do ‘nós’ contra ‘eles’.
Para um lado poder se limpar na sujeira do outro, ambos precisam que só existam esses dois lados no horizonte mental da população.
Porque é mais fácil rebater verdades inconvenientes sobre o próprio lado quando elas são ventiladas apenas pelo lado contrário.
Quando as verdades inconvenientes são reveladas, disseminadas e legitimadas por vozes independentes, o desgaste é muito maior.
Esse desgaste ainda abre espaço para o surgimento de novas lideranças, justamente o que populistas, sobretudo quando temem ser presos, fazem de tudo para evitar.
Daí que os ‘isentões’ sejam mais atacados que os próprios militantes do lado contrário.”
Na resposta, eu me referi, primordialmente, aos “isentões” atuantes no debate público, inclusive nas redes sociais, sejam jornalistas, sejam outros cidadãos ao menos dispostos a reconhecer e apontar fatos negativos sobre Lula e Bolsonaro, mesmo alvejados pelas militâncias virtuais de ambos, que só admitem a subserviência total.
Mas essa, decerto, é uma fatia mínima dos 35,1% identificados pela pesquisa CNT/MDA, que, de modo silencioso, disperso e desorganizado, dividem-se entre vários candidatos menos conhecidos nacionalmente, enquanto aguardam a viabilidade de uma opção melhor que Lula e Bolsonaro, e menos complacente com eles.
É esse segmento mais independente da população brasileira que costuma decidir o segundo turno, para um lado ou para o outro. O que falta é um candidato, ou uma candidata, mais antagonista, capaz de levar todos esses votos no primeiro turno.
Deu em O Antagonista
Descrição Jornalista
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