Brasil 31/03/2024 05:56
Brasil é o segundo destino preferido dos estrangeiros, diz pesquisa
Na contramão de vizinhos como Argentina e Venezuela, a aprovação da reforma tributária também influenciou na escolha dos investidores de desembarcarem no País, diz o executivo.

O Brasil é o segundo destino preferido dos investidores estrangeiros, revela uma pesquisa recente da consultoria KPMG.
O País só perde para o México, que tem sido beneficiado pelo processo de nearshoring (mudança geográfica da produção para países próximos do mercado consumidor), que torna a proximidade com os Estados Unidos um atrativo extra comparado ao mercado brasileiro.
Por outro lado, o Brasil tem sido lembrado por causa da transição energética, da capacidade de gerar energia limpa e também porque tem uma diversificação importante de indústrias, diz o líder da área de fusões e aquisições da KPMG no Brasil, Marco Almeida.
Ele avalia ainda que, com outros mercados emergentes em situação de instabilidade econômica ou política, o Brasil ganhou relevância na lista de prioridades dos investidores internacionais que aproveitam o momento de desvalorização do real ante o dólar e o euro.
Na contramão de vizinhos como Argentina e Venezuela, a aprovação da reforma tributária também influenciou na escolha dos investidores de desembarcarem no País, diz o executivo.
“Nós temos visto uma demanda maior de negociações que podem refletir em transações para o final do segundo semestre”, afirma Almeida
O levantamento da KPMG mostra que Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha encabeçam a lista de países com maior número de aquisições no Brasil em 2023.
Mas, apesar do aumento da participação dos estrangeiros nas operações brasileiras, as fusões e aquisições caíram em 2023 no País.
O Brasil registrou 1,5 mil operações de M&A, redução de aproximadamente 13% no total de operações em comparação ao ano anterior, segundo um relatório de movimentações do mercado produzido pela KPMG.
Desse total, 507 foram realizadas por companhias de capital estrangeiro que adquiriram negócios em território nacional.
Marco Almeida afirma que a redução no montante de aquisições no País está ligada ao recuo do mercado de venture capital que guiava as transações locais e internacionais de olho nas companhias ligadas a tecnologia e internet, como no caso das startups.
Ele afirma que, ao separar os dados do segmento de tecnologia, a análise mostra que os números de transações de fusões e aquisições mantiveram a força no último ano, o que ressalta a atratividade do mercado brasileiro.
COMPRADOR BRASILEIRO.
Enquanto os estrangeiros ampliaram a participação no País, alguns fatores contribuíram para afastar o comprador brasileiro das operações de aquisição. Entre eles, a seca de dois anos de IPOs (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) na Bolsa brasileira teve sua parcela de culpa.
Daniel Rodrigues Alves, sócio da área societária do escritório de advogados Cândido Martins, lembra que o período de maior volume de entrada de empresas na Bolsa também foi o de maior número de fusões e aquisições.
“Na percepção do investidor nacional, o cenário brasileiro era de instabilidade política e econômica, com juros altos, crédito superlimitado e transição conturbada de governo”, afirma. “Para o investidor local, essas questões fizeram com que a oferta de dinheiro se retraísse.”
Ao mesmo tempo que a Faria Lima – o principal centro financeiro do País – via a janela de oportunidade para os IPOs se fechar, a taxa básica de juros subia de forma galopante, saindo do patamar histórico de 2% em janeiro de 2021 para 9,25% em dezembro daquele ano, e 13,75% em agosto de 2022.
Alves diz que, apesar de os juros ainda estarem altos, o mercado financeiro viu o acesso ao crédito se tornar mais escasso, deixando muitos negócios que já operavam alavancados (com dívidas) sem opção para captar dinheiro na praça e sair às compras. A crise na Americanas também ajudou a secar o crédito no mercado.
Deu em Estadão Conteúdo/Tribuna do Norte
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