Energia. 07/12/2025 15:42
Brasil criará centro de energia renovável no oceano

O oceano, tema central da COP30 e peça-chave da descarbonização global, acaba de ganhar novo protagonismo no país.
O Inpo (Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas) foi selecionado em edital da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), com aproximadamente R$ 15 milhões, para criar o Centro Temático de Energia Renovável no Oceano, batizado de Energia Azul.
A iniciativa tem como foco o desenvolvimento de tecnologias capazes de transformar o ambiente marinho em uma fonte relevante de energia limpa em larga escala, segundo o Inpo.
O projeto concentra esforços em quatro frentes:
Conversão da energia das ondas;
Aproveitamento das correntes de maré;
Utilização do gradiente térmico do oceano por meio de sistemas OTEC (Ocean Thermal Energy Conversion ou Conversão de Energia Térmica Oceânica);
Produção de hidrogênio verde com recursos renováveis offshore.
Essas soluções podem reduzir emissões em setores de difícil abatimento, como óleo e gás, siderurgia, fertilizantes e cimento, áreas em que a descarbonização costuma ser complexa e custosa.
Em nota, o diretor-geral do Inpo, Segen Estefen, diz que a combinação entre recursos naturais e conhecimento técnico coloca o Brasil em posição estratégica na economia azul.
Em suas palavras, a ampla disponibilidade de energia renovável no oceano e a experiência acumulada em operações offshore permitem transformar o ambiente marinho em aliado direto da transição energética, com potencial para gerar eletricidade, hidrogênio e até água dessalinizada de forma sustentável.
Uma parte do orçamento, cerca de R$ 4,3 milhões, será destinada à formação de especialistas por meio de bolsas de pesquisa vinculadas a instituições tais como as universidades federais do Rio (UFRJ), Pará (UFPA) e Pernambuco (UFPE), além da FGV. A iniciativa busca fortalecer a produção científica nacional e ampliar a capacidade brasileira de desenvolver soluções tecnológicas próprias para o setor.
Projeto pode viabilizar eólica offshore
Segundo o comunicado da Inpo, en1tre as etapas mais estratégicas do projeto está a criação de um módulo capaz de simular a produção de hidrogênio verde a partir da energia eólica offshore.
A tecnologia responde ao desafio da intermitência dos ventos, que afeta o planejamento e reduz o aproveitamento da geração. Ao permitir o armazenamento da energia em forma de hidrogênio, o sistema melhora a estabilidade e amplia a competitividade das eólicas instaladas no mar.
O potencial brasileiro nessa área é expressivo. Hoje existem cerca de 250 gigawatts em projetos de eólica offshore em análise no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). Mesmo que apenas 20% sejam implantados, o país adicionaria aproximadamente 50 gigawatts à matriz elétrica atual, o equivalente a quase um quarto da capacidade instalada do Brasil.
Esse cenário reforça a importância de desenvolver tecnologias que permitam aproveitar a vocação nacional para energias renováveis em alto-mar.
Deu em Forbes
Descrição Jornalista
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