Assédio 11/06/2023 17:00
Assédio moral, abuso de poder e agressão física são 45% das denúncias em empresas, diz pesquisa
Estudo de canal de denúncias mostra que assédio moral e sexual ainda correspondem a grandes questões no ambiente empresarial
Assédio moral, abuso de poder e agressão física – além de desvios de comportamento – correspondem a mais de 45% do total do contingente de mais de 5.000 denúncias recebidas em empresas brasileiras, de acordo com a pesquisa da IAUDIT, empresa especializada em auditorias, canais de denúncias e compliance há mais de 20 anos.
Em 2021 foram recebidas 47,41% de denúncias nesse sentido, seguidas de assédio sexual (1,73%) e comunidade e meio ambiente (2,05%).
Enquanto em 2022, o número de assédio moral e outras agressões cresceu 48,25%, a frente de assédio sexual (3,14%) e comunidade e meio ambiente (1,13%).
No comparativo dos dois anos, assédio sexual cresceu 81,62%. Isto é, foi de 1,73% em 2021 foi para 3,14% em 2022.
Já álcool, drogas e armas de fogo e corrupção, fraude, propina, suborno e vantagem indevida tiveram uma variação de 70,27%.
“Diversos fatores podem contribuir para variação abaixo, entre eles estão: treinamentos sobre funcionamento do canal, divulgação da ferramenta, mudança de cultura”, diz Suzana Alves, especialista em canal de denúncias do Grupo IAUDIT.
Alves ainda afirma que foram analisadas cerca de 5,7 mil denúncias entre 2019 e 2022.
Os canais de entrada são – para a maioria das vítimas – o primeiro contato de um denunciante.
No caso do estudo, os mais utilizadas para relatar as denúncias foram: ligação 0800 (40,29% em 2021 e 35,69% em 2022), portal (50,29% em 2021 e 54,62% em 2022), e-mail (8,14% em 2021 e 8,68% em 2022) e outros meios (1,28% em 2021 e 1% em 2022).
“O crescente número de smartphones e o acesso à internet colabora para o aumento de relatos via Portal, contudo, isso pode variar conforme o público-alvo”, afirma Alves.
De acordo com os dados, um dos pilares para um bom canal de denúncias é o anonimato, quando solicitado.
Segundo a pesquisa, em 2021, 79,39% das denúncias foram feitas de forma anônima, enquanto 20,61% foi identificado.
Mas, em 2022, o anonimato caiu para 77,48%, correspondendo a um aumento no número de denúncias identificadas – que totalizaram 22,52%. O estudo afirma que o tempo médio de apuração da denúncia foi de 59 dias em 2021 para 44 dias em 2022.
Segundo o estudo, os setores com mais denúncias de assédio entre 2019 e 2022 são: saúde (60,84%), indústria (52,05%) e comércio e serviços (52,83%) – considerando os assédios morais, psicológicos, abusos de poder, desvios de comportamento e agressão física.
Já para assédio sexual, as áreas com mais denúncias no período são: indústria (4,37%), comércio e serviços (3,35%) e saúde (3,07%).
O estudo ainda reforça a importância da lei 14.457/22 que foi sancionada.
Ela institui o Programa Emprega + Mulheres e altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), definindo, assim, que as empresas que com Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA) precisam implementar um canal de denúncias para registro de ocorrências, para acompanhamento e apuração dos acontecimentos.
Na pesquisa da IAUDIT, as informações sobre assédio sexual aumentaram em cerca de 81%.
Em 2021, 1,73% das denúncias envolviam essa questão e em 2022, o percentual foi de 3,14%. Esse dado mostra, segundo o estudo, que a segurança ao relatar, quando ocorre, estimula a realização das denúncias e busca por ajuda.
“Disponibilizar um canal para mulheres que estejam passando por situações de violência ou discriminação é uma importante iniciativa de apoio. Desta forma, elas se sentirão acolhidas e, isso pode, inclusive, garantir sua integridade física e psicológica”, conclui Alves.
Deu em Exame
Descrição Jornalista
Delícia: o que é uma ‘verdadeira’ pizza italiana?
14/09/2025 18:01
Ícone da cultura contra a repressão, Geraldo Vandré faz 90 anos
14/09/2025 16:48
Sistema 150 vezes maior que Pix será usado para cobrar impostos
14/09/2025 14:34
Como Alexandre de Moraes se tornou tão poderoso
01/09/2025 16:13 213 visualizações
A reação em cadeia que virá com julgamento de Bolsonaro
03/09/2025 09:37 185 visualizações
Filho de Lewandowski advoga para empresa ligada ao PCC, alvo da Polícia Federal, MPSP e Receita
02/09/2025 09:35 176 visualizações
Idosa francesa é abandonada pelo próprio filho em aeroporto de São Paulo
01/09/2025 05:14 171 visualizações
Rafael Motta fará nova cirurgia na face e no antebraço após acidente de kitesurfe
01/09/2025 05:14 169 visualizações
RN dispara arrecadação em 368% com extração de ouro
05/09/2025 10:55 161 visualizações
01/09/2025 12:24 161 visualizações
Governo Lula já articula reação a possíveis sanções dos EUA ligadas ao julgamento de Bolsonaro
01/09/2025 09:18 144 visualizações