A lenda de Atlântida de Platão ganhou vida com a ajuda de arqueólogos da Academia Russa de Ciências. Ele descobriram “vestígios de uma cidade submersa” destruída por um terremoto do século XV, sob o Lago Issyk Kul, no Quirguistão, o oitavo lago mais profundo do mundo.
A cidade no complexo inundado de Toru-Aygyr, que fica perto da extremidade noroeste do lago, foi agora escavada pelos exploradores, que mapearam quatro zonas subaquáticas em profundidades rasas que variam de 1 a 4 metros ao redor da margem do lago.
Acredita-se que a cidade abrigava casas de oração muçulmanas, escolas, banheiros públicos e, possivelmente, até uma fábrica de grãos para a produção de pão. O líder da expedição, Valery Kolchenko, pesquisador da Academia Nacional de Ciências da República Quirguiz, disse que se tratava de um assentamento comercial “importante”.
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Também foram encontradas sepulturas que apresentavam evidências de rituais islâmicos tradicionais, com os esqueletos voltados para o norte. Seus rostos estão voltados para a qibla, a direção para a qual os muçulmanos se voltam durante suas orações diárias.
“Tudo isso confirma que uma cidade antiga realmente existiu aqui”, disse um representante da Sociedade Geográfica Russa ao jornal Daily Mail.
O assentamento perdido de Toru-Aygyr ficava em um trecho importante da histórica Rota da Seda, um importante centro de desenvolvimento cultural, onde mercadores negociavam seda, especiarias e metais preciosos, sem mencionar pensamentos e ideias, entre a China e o Mediterrâneo, desde o século II a.C. até meados do século XV.
Valery Kolchenko, chefe da expedição e pesquisador da Academia Nacional de Ciências da República Quirguiz, acredita que o complexo foi destruído por um terremoto que atingiu a região no início do século XV.
O chefe e seus colegas acham que a área foi abandonada pelos moradores antes do desastre natural. Embora o mito culturalmente duradouro de Atlântida seja geralmente considerado uma invenção do filósofo grego Platão, muitos insistem que a famosa cidade perdida já existiu no mundo real.

