Aquela sensação estranha de já ter vivido algo tem explicação - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Psicologia 28/11/2025 15:38

Aquela sensação estranha de já ter vivido algo tem explicação

Aquela sensação estranha de já ter vivido algo tem explicação

Sentir um déjà vu pode ser estranho: de repente, você está vivendo algo que parece familiar — mesmo sabendo que nunca viveu aquilo antes.

Essa sensação desperta curiosidade e, para a neurociência, revela bastante sobre como o cérebro processa memória, percepção e consciência.

O que é déjà vu do ponto de vista neurológico?

Déjà vu é a sensação súbita de já ter vivido uma cena ou situação, mesmo sabendo que ela é nova. Essa experiência está associada a uma falha momentânea nos circuitos de memória e percepção.

Pesquisas indicam que, ao receber estímulos — como uma imagem, som ou local —, o cérebro às vezes “marca” esse momento como familiar por engano, ativando regiões ligadas à memória mesmo sem ter um registro real anterior.

Que regiões do cérebro e sinais físicos estão envolvidos?

Quando ocorre déjà vu, áreas como o hipocampo e o lobo temporal — essenciais para memória e reconhecimento — entram em ação. Esse “erro” neural costuma durar segundos, e a pessoa pode sentir confusão, estranheza ou uma sensação intensa de familiaridade.

Aquela sensação estranha de já ter vivido algo tem explicação
Aquela sensação estranha de já ter vivido algo tem explicação – Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

Por que o corpo às vezes reage com cansaço e estresse?

O déjà vu não aparece do nada. Fatores como fadigasono irregularestresse ou ansiedade aumentam as chances de o cérebro dar esse “curto-circuito” de memória.

Também há indícios de que neurotransmissores como a dopamina — que influencia percepção de familiaridade e recompensa — podem interferir na experiência, tornando o déjà vu mais provável em momentos de desgaste mental.

Quando o déjà vu pode indicar algo além de um lapso normal?

Para a maioria das pessoas, déjà vu é inofensivo. Mas se a sensação for frequente, intensa, durar muito ou vier acompanhada de sintomas como confusão, perda de memória, convulsões ou sensações estranhas, isso pode apontar para condições neurológicas — como a Epilepsia do lobo temporal — e merece avaliação médica.

Embora ainda cercado de mistério, o déjà vu evidencia a complexidade do cérebro, iluminando o quão pouco ainda se compreende sobre as intricadas conexões neuronais e a percepção consciente.

Deu em O Antagonista
Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista