Após Gustavo Tubarão falar sobre vício em pornografia, veja os 10 sinais do quadro que afeta 3% dos adultos - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Comportamento 24/08/2024 08:00

Após Gustavo Tubarão falar sobre vício em pornografia, veja os 10 sinais do quadro que afeta 3% dos adultos

Condição pode ser encarada como uma manifestação do Transtorno de Comportamento Sexual Compulsivo e tem uma alta prevalência, segundo um novo estudo feito em 42 países

Após Gustavo Tubarão falar sobre vício em pornografia, veja os 10 sinais do quadro que afeta 3% dos adultos

Nesta semana, o influenciador digital Gustavo Tubarão falou nas redes sociais sobre sofrer com um vício em pornografia.

O jovem, de 24 anos, compartilhou com seus mais de 11 milhões de seguidores no Instagram que estava há quase um ano e meio sem acessar conteúdos do tipo, mas teve uma “recaída”.

— Eu quero alertar vocês sobre o quanto a pornografia me faz mal. Não só para mim, mas para o meu espírito, lá dentro (…) A pornografia não acaba só com a saúde mental da gente, acaba com o espiritual (…) Dá uma sensação horrorosa — disse.

O vício em pornografia tem sido um tópico cada vez comum, tendo sido abordado por celebridades como Terry Crews e Britney Spears.

O quadro não é um diagnóstico em si na Classificação Internacional de Doenças (CID), mas pode ser uma manifestação de um distúrbio chamado de Transtorno de Comportamento Sexual Compulsivo.

De acordo com a CID, a doença se caracteriza por “atividades sexuais repetitivas” que se tornam o “foco central da vida da pessoa, a ponto de negligenciar a saúde e os cuidados pessoais, bem como outros interesses, atividades e responsabilidades”. Além disso, envolve tentativas frustradas de interromper esse comportamento.

Neste ano, um amplo estudo internacional sobre o tema, que analisou 82 mil pessoas de 42 países, mostrou que a vasta maioria dos adultos já acessaram conteúdos pornográficos alguma vez na vida, com taxas variando entre os lugares e chegando a até 94%.

Além disso, revelou que cerca de 3% têm o chamado uso problemático de pornografia. Entre esses indivíduos, somente de 4% a 10% buscaram tratamento, enquanto de 21% a 37% queriam, mas não conseguiram por motivos como custos.

O trabalho foi publicado na revista científica Addiction.

“Nossa pesquisa mostra que o uso problemático de pornografia pode ser mais comum do que muitos pensam e afeta uma ampla gama de pessoas. Isso destaca que, embora muitos estejam lutando, poucos buscam ajuda. Isso é importante porque sugere que mais trabalho precisa ser feito para entender e apoiar aqueles que são afetados por isso”, disse a líder do estudo e professora de Psicologia da Universidade de Montreal, no Canadá, Beáta Bőthe, em nota.

Deu em O Globo

Ricardo Rosado de Holanda
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