Indústria 17/11/2020 18:37
“A indústria é capaz de recuperar a economia de um país”, diz presidente da CNI
O desenvolvimento do Brasil passa pelo fortalecimento da indústria nacional. A avaliação é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, feita durante a abertura do Encontro Nacional da Indústria (ENAI), na tarde desta terça-feira (17).

O desenvolvimento do Brasil passa pelo fortalecimento da indústria nacional. A avaliação é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, feita durante a abertura do Encontro Nacional da Indústria (ENAI), na tarde desta terça-feira (17).
A 12ª edição estima reunir, em dois dias (17 e 18 de novembro) de painéis e palestras virtuais, cerca de 5 mil pessoas entre representantes de associações e executivos da indústria, especialistas e autoridades para discutir o papel do setor no desenvolvimento do país.
“Quando vemos que indústria brasileira participa com 21% do PIB nacional, mas que contribui com mais de 60% dos gastos em pesquisa e inovação, tem mais de 10 milhões de trabalhadores com carteira assinada, paga 42% dos impostos estaduais e 32% dos federais, vemos que a indústria é capaz de recuperar a economia de um país. E precisamos ter projetos de desenvolvimento da indústria brasileira, reindustrializar o Brasil, criar condições para uma indústria eficiente, competitiva e inovadora”, disse.
Robson Andrade também pontuou os diversos fóruns e frentes em que a Confederação vem trabalhando para que o país tenha propostas para o crescimento da indústria nacional e participação efetiva na indústria global.
Apesar dos impactos da pandemia de Covid-19 – que gerou uma crise sem paralelo, com queda de 9,7% de PIB e retração de 12% do PIB industrial do segundo semestre -, Andrade afirma que a indústria brasileira mostrou-se capaz de se adaptar a esses desafios, por meio de inovação e investimento em tecnologia.
“Nessa pandemia ficou clara a importância da indústria nacional. É a indústria que dá competitividade aos outros setores. Ao longo do ano, a CNI e as federações nos estados apresentaram um conjunto consistente de propostas para superação da crise, atuamos pela implementação de medidas emergenciais de curto prazo sem perder o foco em preparar a base para resgatar a atividade produtiva e incentivar a retomada dos investimentos, que será possível apenas com reformas estruturais e segurança jurídica”, disse.
Inclusive o formato virtual da 12ª edição, com debates por meio da plataforma InEvent, segundo ele, também é um exemplo dos complexos desafios que estão sendo enfrentados ao longo de 2020 e da capacidade de superar as adversidades geradas pela Covid-19.
Para o presidente da CNI, mesmo com as medidas emergenciais adotadas pelo governo e o Congresso Nacional, a retomada da economia após a pandemia da Covid-19 é um grande desafio mediante o cenário de dificuldades que requer iniciativas como acesso ao crédito, renegociação de dívidas, incentivo à inovação, adoção de reformas estruturais e incentivo aos investimentos.
Dentre as reformas estruturais necessárias para o avanço da economia, Robson Andrade destaca a reforma tributária como a mais urgente para dar garantia de segurança jurídica.
Ele defende uma reforma ampla e geral do sistema tributário, que contemple todos os impostos sobre o consumo e uma alíquota única, com a criação do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA).
“Os últimos meses aumentaram a percepção de que não podemos mais adiar uma ampla reformulação do sistema tributário e precisamos fazer a modernização do estado brasileiro com a reforma administrativa. A reforma tributária é fundamental para melhorar o ambiente de negócios e para ampliar a segurança jurídica. Os impostos no Brasil são injustos, burocráticos e complexos.
A CNI defende o IVA (Imposto de Valor Agregado) nacional, como forma de distribuição mais equânime da carga tributária entre os diversos setores da economia”, disse.
As reformas são consideradas essenciais também para o Brasil ampliar a participação no comércio exterior, outro ponto importante para o fortalecimento do setor.
A indústria, segundo Andrade, depende de uma maior inserção internacional e de uma nova estratégia de política industrial, além de fomento à inovação e adequação à indústria 4.0 como vias para superação da crise atual.
“Em paralelo às reformas estruturantes, devemos acelerar a nossa adaptação às grandes tendências do século 21. As mudanças climáticas e a quarta revolução industrial já estão presentes no nosso dia a dia e trazem novos desafios para o Brasil”, disse. Necessitamos de uma política industrial que olhe para o futuro, baseada no aumento da produtividade e na transformação das estruturas produtivas. Os investimentos públicos e privados em ciência, tecnologia e inovação são a chave para o país desenvolver modelos de produção e de negócios conectados com a indústria 4.0.”
Para o gerente da Unidade de Competitividade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Cesar Rissetti, as micro e pequenas indústrias são parte significativa do tecido produtivo da indústria brasileira, tanto de forma direta quando por meio das cadeias de distribuição e de fornecimento.
‘Trabalhar com competitividade dos pequenos negócios da indústria é trabalhar para que o país tenha uma indústria que contribua mais com a sociedade”, afirmou.
Entre os grandes desafios enfrentados pelo país para recuperar sua economia, ele destacou o de aumentar a produtividade e a competividade das empresas, em especial dos pequenos negócios.
Para isso, afirma Rissetti, há necessidade de uma coalização estruturada de parcerias. E que três fatores são essenciais para obter êxito, primeiro, o processo de digitalização das empresas, contemplando os novos processos, a tecnologia e os relacionamentos interpessoais e que foi acelerado com o advento da pandemia. Neste sentido, ele citou o papel do SESI e SENAI enquanto parceiros em levar soluções para as indústrias no âmbito de novas tecnologias e inovação, quanto de mercado.
Em segundo, a internacionalização dos negócios como ferramenta para ampliar a competitividade e, por último, a inclusão dos pequenos negócios nas cadeias de valor das médias e grandes indústrias.
O Sebrae elevou, no último ano, de 80 mil para 220 mil o número de empresas de pequeno porte em projetos de encadeamento produtivo em todo país.
Deu no Portal da Fiern
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