A cidade de Roma Antiga era tão populosa que, se existisse hoje, seria uma das 10 cidades mais populosas da Europa, com mais de 1 milhão de habitantes - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

Cidades 13/10/2025 18:51

A cidade de Roma Antiga era tão populosa que, se existisse hoje, seria uma das 10 cidades mais populosas da Europa, com mais de 1 milhão de habitantes

A cidade de Roma Antiga era tão populosa que, se existisse hoje, seria uma das 10 cidades mais populosas da Europa, com mais de 1 milhão de habitantes

Durante o auge do Império Romano, a cidade de Roma Antiga foi o maior centro urbano do planeta e a primeira metrópole da história a ultrapassar a marca de 1 milhão de habitantes.

Esse feito, alcançado há mais de dois mil anos, é tão impressionante que, se a capital imperial existisse com a mesma população hoje, estaria entre as 10 maiores cidades da Europa, superando metrópoles como Viena, Hamburgo e Varsóvia.

Mais do que um símbolo de poder político, Roma foi uma demonstração de engenharia, administração e planejamento urbano sem paralelo.

A cidade concentrou, em apenas 24 quilômetros quadrados, uma densidade populacional de mais de 40 mil pessoas por km², superando até regiões contemporâneas como Manhattan ou Paris intramuros.

A metrópole do mundo antigo

A cidade de Roma Antiga era tão populosa que, se existisse hoje, seria uma das 10 cidades mais populosas da Europa, com mais de 1 milhão de habitantes

No auge de seu poder, entre o final da República e o início do Império (séculos I a.C. e I d.C.), Roma chegou a reunir entre 800 mil e 1,2 milhão de habitantes, segundo estimativas de historiadores.

Esse número é ainda mais impressionante se comparado com outras cidades da Antiguidade, como Alexandria, Antioquia e Cartago, que raramente ultrapassavam 300 mil moradores.

Para os padrões da época, sustentar um milhão de pessoas em um mesmo espaço urbano era um feito monumental.

O império precisou desenvolver sistemas complexos de abastecimento, transporte e saneamento para garantir o funcionamento da cidade, que se tornara o coração administrativo, militar e cultural do mundo romano.

Infraestrutura que desafiava a lógica da época

infraestrutura urbana da Roma Antiga era tão avançada que inspirou modelos de engenharia ainda usados como referência.

O sistema de aquadutos, que transportava milhões de litros de água diariamente, abastecia banhos públicos, fontes e residências, garantindo a higiene e o bem-estar da população.

Outro marco era a Cloaca Maxima, um sistema de esgoto subterrâneo que drenava águas residuais para o rio Tibre. Essa rede complexa permitiu que a cidade funcionasse com relativa salubridade, mesmo com uma densidade populacional altíssima.

Além disso, as insulae, edifícios de apartamentos com até seis andares, acomodavam a população urbana, enquanto as elites viviam em casas espaçosas conhecidas como domus.

Uma densidade comparável às megacidades atuais

densidade populacional da Roma Antiga atingia cerca de 41.500 pessoas por km², índice superior ao de muitas metrópoles modernas.

Para comparação, Manhattan tem cerca de 28 mil habitantes por km², e Paris, 21 mil.

Isso mostra que Roma viveu, há dois milênios, uma experiência urbana que só seria igualada séculos depois com a Revolução Industrial.

A vida urbana era intensa: ruas movimentadas, mercados lotados, teatros, templos e banhos públicos formavam o cotidiano da cidade.

A economia local girava em torno do comércio, da política e do entretenimento, e o Coliseu, símbolo máximo da Roma imperial, podia receber até 50 mil pessoas em eventos públicos.

O declínio da metrópole e o renascimento histórico

Com o colapso do Império Romano do Ocidente no século V, a população de Roma entrou em colapso.

As invasões bárbaras, a instabilidade política e o declínio econômico reduziram a cidade a menos de 50 mil habitantes, e por volta do ano 1000, restavam menos de 20 mil moradores.

A antiga metrópole transformou-se em uma cidade quase rural, repleta de ruínas e vestígios de sua grandiosidade.

Ainda assim, o legado da cidade de Roma Antiga permaneceu vivo: suas técnicas de engenharia, seu urbanismo e suas leis influenciaram profundamente o desenvolvimento das cidades europeias medievais e modernas.

Muitos dos princípios de planejamento urbano e infraestrutura contemporâneos têm raízes diretas nas práticas desenvolvidas pelos romanos.

O que Roma representaria hoje

Se a cidade de Roma Antiga existisse hoje com o mesmo número de habitantes que teve em seu auge, figuraria entre as dez maiores cidades da Europa, à frente de capitais como Berlim, Budapeste e Lisboa.

O número de um milhão de habitantes, embora modesto diante das megacidades contemporâneas, continua sendo um marco de organização social, tecnológica e política para qualquer civilização.

Mais do que números, Roma representa a capacidade humana de construir uma metrópole funcional e vibrante em um mundo sem eletricidade, máquinas ou concreto moderno.

Sua estrutura urbana complexa, sua administração eficiente e seu legado arquitetônico fazem dela um exemplo atemporal de poder, planejamento e resistência histórica.

Deu em CPG

Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


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