Além dos agentes da Força Nacional, atuam nas buscas integrantes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), bem como policiais militares e civis de estados do Nordeste. Também há registro da participação de guardas municipais. No total, são cerca de 500 profissionais no encalço dos criminosos.
No entanto, até o momento, o forte efetivo policial está frustrado nas buscas a Deibson Cabral e Rogério da Silva.
Gasto necessário
Em entrevista à imprensa na última quarta-feira (13/3), o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo Lewandowski, defendeu que os gastos são altos, mas necessários em casos como esse.
“A segurança pública não é algo barato, tem um custo, e a população precisa compreender que não existe segurança pública – sobretudo em situações de emergência – em que o custo não fique relativamente elevado”, afirmou.
Criada em 2004, a Força Nacional é um programa de cooperação entre os estados e o governo federal. Os integrantes da tropa são policiais e bombeiros dos estados, com treinamento extra, usados para complementar as forças estaduais em momentos de crise.
Os estados fornecem os policiais para integrar a Força Nacional, e o Governo Federal paga as diárias de deslocamento dos policiais, cujos valores variam entre R$ 335 e R$ 425 por pessoa, a depender do destino. No caso de Mossoró, é de R$ 335.
Trinta dias de fuga
A busca aos fugitivos de Mossoró completou um mês na quinta-feira (14/3), sem desfecho. Trata-se da primeira fuga de detentos no sistema prisional federal, criado em 2008 para tentar isolar lideranças de facções criminosas.
Ligados ao Comando Vermelho (CV) do Acre, Deibson Cabral e Rogério da Silva conseguiram abrir um buraco no teto da cela e fugiram durante a madrugada de 14 de fevereiro. Parte das câmeras de monitoramento da penitenciária não estava funcionando.
Além disso, o presídio estava em reformas, o que pode ter facilitado a fuga. O local ainda não tem muralhas, e os detentos escaparam por uma grade, que cortaram com a ajuda de um instrumento deixado na obra em andamento na prisão.
Integrantes da direção da penitenciária foram afastados pelo Ministério da Justiça, que iniciou uma investigação interna para apurar se servidores facilitaram a fuga da dupla.

