Produção industrial do Brasil cai 1,3% em março - Fatorrrh - Ricardo Rosado de Holanda
FatorRRHFatorRRH — por Ricardo Rosado

03/05/2019 10:26

Produção industrial do Brasil cai 1,3% em março

Em março de 2019, a produção industrial nacional recuou 1,3% em comparação a fevereiro deste ano (série com ajuste sazonal), eliminando, assim, o crescimento de 0,6% observado no mês anterior.

Em março de 2019, a produção industrial nacional recuou 1,3% em comparação a fevereiro deste ano (série com ajuste sazonal), eliminando, assim, o crescimento de 0,6% observado no mês anterior.

No confronto com março de 2018 (série sem ajuste sazonal), a indústria caiu 6,1%, queda mais intensa desde maio de 2018 (-6,3%).

PeríodoProdução industrial
Março / fevereiro 2019-1,3%
Março 2019 / Março 2018-6,1%
Acumulado em 2019-2,2%
Acumulado em 12 meses-0,1%
Média móvel trimestral-0,5%

O acumulado nos últimos doze meses (-0,1%) apontou o primeiro resultado negativo desde agosto de 2017 e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%). Já o acumulado no ano teve recuo de 2,2%.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil – Março de 2019
Grandes Categorias EconômicasVariação (%)
Março 2019 /
Fevereiro 2019*
Março 2019 /
Março 2018
Acumulado
Janeiro-Março
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital0,4-11,5-4,33,6
Bens Intermediários-1,5-4,4-2,0-0,6
Bens de Consumo-2,0-7,7-1,90,3
Duráveis-1,3-15,8-3,42,9
Semiduráveis e não Duráveis-1,1-5,2-1,4-0,5
Indústria Geral-1,3-6,1-2,2-0,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

16 dos 26 ramos pesquisados recuaram em março

A queda de 1,3% da indústria reflete o recuo na produção de três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 26 ramos pesquisados.

Entre as atividades, a principal influência negativa foi em produtos
alimentícios, (-4,9%), que eliminou parte da expansão de 13,8%, acumulada no período novembro
de 2018 a fevereiro de 2019.

Outras contribuições negativas importantes vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,7%), de indústrias extrativas (-1,7%) e de outros produtos químicos (-3,3%).

O primeiro setor voltou a recuar após avançar 6,4% em fevereiro; o segundo devolveu parte da expansão de 3,9% verificada no mês anterior; o terceiro acumulou perda de 17,6% em três meses consecutivos de queda na produção; e o último acentuou a queda de 0,5% registrada em fevereiro.

Por outro lado, entre os nove ramos que ampliaram a produção, o desempenho de maior relevância foi o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que avançou 4,6%, intensificando o crescimento de 1,5% verificado em fevereiro e eliminando parte da queda de 10,9% observada em janeiro de 2019.

Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (-1,5%), bens de consumo duráveis (-1,3%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-1,1%) assinalaram as taxas negativas.

O primeiro segmento apontou o terceiro mês seguido de queda na produção e acumulou perda de 2,7%; e os dois últimos interromperam dois meses consecutivos de crescimento, período em que registraram expansão de 4,5% e 0,7%, respectivamente.

Já o setor produtor de bens de capital (0,4%) apontou a única taxa positiva nesse mês e marcou o segundo avanço consecutivo, acumulando nesse período alta de 5,1%.

Deu no Portal do IBGE

Ricardo Rosado de Holanda
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista