Para os pesquisadores, fofocar resume-se em compartilhar comentários sobre alguém que não está presente. Essa conversa não precisa ser negativa: pode ser leve, solidária, neutra ou até crítica.
Mais do que o conteúdo, o valor parece residir no momento de intimidade que o casal compartilha ao discutir o mundo à sua volta.
Para observar essa dinâmica, 76 casais — do mesmo e diferentes sexos — participaram do estudo. Cada participante utilizava um pequeno dispositivo de escuta chamado Gravador Eletronicamente Ativado (EAR, na sigla em inglês), que captava trechos de suas conversas ao longo do dia. Cerca de 14% do que falavam foi registrado e analisado por assistentes de pesquisa.
Os resultados mostraram que os participantes passavam, em média, 38 minutos por dia fofocando. Desses, aproximadamente 29 minutos eram dedicados a conversas com seus parceiros românticos. Os casais formados por mulheres se destacaram por manterem a maior frequência de fofocas no geral.
Embora todos os casais estudados relatem altos níveis de felicidade, os casais do mesmo sexo apresentaram índices ainda maiores do que os de diferentes. Entre eles, os casais femininos relataram também a mais alta qualidade de relacionamento, reforçando a ideia de que a fofoca pode funcionar como um elo emocional, fortalecendo a cumplicidade e a compreensão mútua.
Deu em Correio Braziliense

