Comportamento 11/07/2025 16:19
Vício em apostas esportivas on-line pode afastar quase 1 milhão de jovens do ensino superior privado no Brasil em 2026
O Brasil acompanha, em ritmo acelerado, o avanço das apostas esportivas on-line. Muitos jovens buscam entretenimento nessas plataformas.
No entanto, os efeitos já preocupam especialistas da educação superior privada.
Segundo dados da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e da Educa Insights, mais de 980 mil brasileiros correm o risco de não ingressar no ensino superior privado em 2026.
O motivo é o comprometimento financeiro com as chamadas bets.
O levantamento, realizado de 20 a 24 de março de 2025, entrevistou 11.762 jovens de 18 a 35 anos em todas as regiões.
Deste total, 2.317 responderam integralmente ao questionário.
Com o avanço das apostas esportivas, Nordeste e Sudeste sofrem impacto mais intenso no acesso ao ensino superior privado.
No primeiro semestre de 2025, 44% dos nordestinos e 41% dos sudestinos que pretendiam começar a faculdade adiaram os estudos devido aos gastos com apostas.
No segundo semestre, esses números caíram para 32% no Nordeste e 27% no Sudeste.
Em contrapartida, Sul e Centro-Oeste mantiveram percentuais mais baixos ao longo do ano, variando de 17% a 18% no início e caindo para 16% e 14% nos meses seguintes.
Enquanto o número de apostadores aumenta, os riscos financeiros acompanham essa tendência.
Desde setembro de 2024, a frequência de apostas entre jovens subiu de 42,9% para 52% até março de 2025.
Mais de 80% dos entrevistados afirmaram gastar até 5% da renda mensal com apostas.
Porém, essa taxa cresce nas classes D e E, chegando a ultrapassar 10% do orçamento familiar.
Em média, jovens da classe A investem R$ 1.210 por mês.
Nas classes D e E, o valor médio é de R$ 421.
Ao mesmo tempo, 54,2% passaram a comprometer parte dos rendimentos com bets, segundo a pesquisa da ABMES.
As consequências das apostas esportivas vão além dos que desejam iniciar uma graduação.
Segundo o estudo, 14% dos estudantes já matriculados em faculdades privadas relataram atraso no pagamento de mensalidades ou até trancamento de curso devido a dívidas com apostas.
Entre alunos das classes B1 e B2, esse índice chega a 17%.
Entre setembro de 2024 e março de 2025, houve um crescimento de 11,4 pontos percentuais no número de jovens que deixaram de começar a graduação por conta dos gastos com apostas.
O perfil mais comum dos apostadores engloba homens de 26 a 35 anos, com filhos, trabalhadores das classes C e D.
A maioria deles tem histórico em escolas públicas.
A situação demanda atenção imediata do poder público.
Ele afirma que as apostas on-line criaram um obstáculo extra para o acesso ao ensino superior privado.
Esse cenário exige não apenas conscientização, mas também ações efetivas para reduzir o impacto financeiro sobre os jovens brasileiros.
A pesquisa, realizada em março de 2025, destaca a urgência de amadurecimento tanto dos apostadores quanto dos responsáveis por políticas públicas educacionais, conforme enfatizou o dirigente da ABMES.
Descrição Jornalista
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