A final da Copa do Mundo da FIFA entre Chelsea e PSG ainda nem aconteceu, mas os torcedores de Flamengo e Botafogo já se sentem campeões — moralmente, é claro.
Afinal, se os ingleses e os franceses chegaram à decisão, foram justamente cariocas os únicos capazes de dobrá-los no caminho. E isso, para o torcedor brasileiro, vale quase como um título.
O Flamengo bateu o Chelsea por 3 a 1 na fase de grupos, com direito a “olé” e baile de gala. O time inglês parecia um pato morto, mas acabou ressuscitando, escapou dos grandes europeus no mata-mata, e vai para a final.
Já o PSG atravessou o torneio quase intacto: em seis jogos, só sofreu um gol — justamente no dia em que perdeu para o Botafogo.

A vitória alvinegra foi tão inesperada que parecia coisa de roteiro de cinema. Um feito para ser contado em mesa de bar, eternizado em frame preto e branco. E agora, com os parisienses na final, o “gol do Botafogo” virou símbolo de resistência: só o Glorioso conseguiu o que ninguém mais fez.
Enquanto isso, o Fluminense — o time brasileiro que chegou mais longe, foi às semifinais e caiu de pé — assiste de camarote à rixa paralela entre rivais locais. Em vez de reconhecimento pela melhor campanha, o Tricolor vê a gritaria rubro-negra e alvinegra dominar as redes.
É o famoso campeonato da moral, com troféu simbólico e zoeira oficial. Nessa disputa, quem não chegou à final tenta provar que, na verdade, já ganhou. E que os verdadeiros campeões são os brasileiros — mesmo que seja só no grito.
Deu em Jornal de Brasília