Roberto Serquiz, industrial, Presidente do Sistema FIERN
Sob a liderança da CNI (Confederação Nacional da Indústria), representando o Sistema FIERN, participei de uma missão empresarial e institucional nos Estados Unidos da América. Rico aprendizado!
Foram dias de intensa agenda onde, dentre outros temas, enfrentamos debates e aprendemos mais sobre assuntos atuais como inteligência artificial, transição energética, economia verde e economia de baixo carbono.
Aliás, não apenas vivemos dias de muito aprendizado, mas de também acesso a um repertório de possibilidades para o Brasil. E o mais angustiante: muitas das oportunidades atuais estão naturalmente oferecidas ao Rio Grande do Norte e não deveríamos renunciá-las.
Para tanto precisamos defender, com maior ênfase, a neoindustrialização do Rio Grande do Norte e, como medida antecedente, a definição de uma política industrial, sobre a qual, inclusive, já entregamos uma minuta ao governo.
Urgência ainda maior porque precisamos pensar para além de 2032, quando se conclui o processo de transição da reforma tributária, que em breve estará em vigor. Tal definição é imprescindível para que possamos definir diretrizes e metas de médio e longo prazo para o desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Norte.
Os temas mais atuais do mundo, sob a ótica dos mais experientes analistas de cenários, convidam o Brasil e o Rio Grande do Norte para uma nova etapa.
O momento é esse! Não podemos perder a hora. O RN e nosso país se apresentam como soluções, por exemplo, para a transição energética e a indústria – como partícipe de um ecossistema de prosperidade – e essa é a melhor aposta que podemos fazer.
Os debates mostraram que o Brasil, o Nordeste e o nosso Rio Grande do Norte são estratégicos nesse processo, inclusive na neoindustrialização que está sendo proposta pelo mundo e deveria ser vista com uma perspectiva ainda mais promissora para todo o País.
Por sua vez, em qualquer contexto, se impõe pesquisa, inovação, tecnologia. Os avanços são impressionantes. A inteligência artificial evoluiu muito. Ao contrário do que muitos pensam “IA” não é um processo tão recente, mas sua evolução é algo bastante significativo nos últimos anos. É algo sem volta. Isso ficou muito evidente nas visitas que fizemos as universidades do MIT e Harvard. Em síntese: é muito improvável o futuro sem a expressiva presença da IA, que está em franca e permanente expansão.
Contudo, para tudo e para todos, a energia é algo indispensável. E aqui reside uma das melhores oportunidades para o Rio Grande do Norte. A revisão da legislação em curso, uma vez feita com a devida racionalidade, pode ajudar muito, promovendo a agilidade dos licenciamentos dos novos parques sob análise. O mundo precisa de energia e priorizará sempre a mais limpa, isto é, prestigiará o nosso Estado e seus estoques (concluídos e planejados). O Brasil e o RN estão do lado da solução e não do problema.
Conhecer mais, aprender sempre, aplicar o aprendizado na FIERN e no RN, eis as lições da semana, sob os cuidados da CNI. Missão que reforçou a vocação e as potencialidades do Brasil e do Rio Grande do Norte!