Economia 14/05/2025 08:07
Otimismo: Bolsa bate recorde histórico e dólar é o menor em sete meses
O Ibovespa bateu um novo recorde histórico na Bolsa brasileira (B3) nesta terça-feira (13/5). O índice, que é o principal da B3, fechou em alta de 1,74%, aos 138.940 pontos. Com o resultado, ele superou a marca de 137.343 pontos, anotada no fechamento de 28 agosto de 2024.
Na última quinta-feira (8/5), o Ibovespa havia alcançado 137.634 pontos, superando a máxima histórica obtida durante o pregão de 137.469, em agosto de 2024. Na máxima desta terça-feira, o índice bateu em 139.391 pontos, às 16h17.
O real, por sua vez, valorizou-se frente ao dólar nesta terça-feira. A moeda americana fechou em queda de 1,34% em relação à divisa brasileira, a R$ 5,60. Na véspera, ela havia terminado a sessão em alta de 0,53%, a R$ 5,68.
Tanto o real como o Ibovespa foram puxados para cima por dados considerados positivos pelos investidores, divulgados no exterior e no Brasil. Essas informações embalaram o otimismo dos mercados de câmbio e ações.
Exemplo: a inflação de abril nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), ficou abaixo das projeções dos analistas de mercado.
Ela registrou elevação de 0,2% no mês passado, depois de queda de 0,1% em março. Economistas consultados pela Reuters previam uma alta de 0,3%. Em 12 meses até abril, a inflação avançou 2,3%, depois de alta de 2,4% nos 12 meses até março.
Com sinais de arrefecimento da inflação, passou a encorpar entre investidores a expectativa de retomada de cortes de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Hoje, essas taxas estão fixados no intervalo entre 4,25% e 4,50%.
Com juros menores, tende a diminuir o interesse por títulos da dívida dos EUA, os Treasuries, considerados os mais seguros do mundo. Por outro lado, a procura por ativos de risco, como as ações negociadas nas bolsas globais, pode aumentar.
No front externo, o mercado também segue comemorando o clima mais ameno proporcionado pelo acordo fechado entre Estados Unidos e China, a respeito das tarifas recíprocas, impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O encontro entre representantes dos dois países ocorreu em Genebra, na Suíça, no fim de semana.
Washington e Pequim concordaram em cortar as tarifas recíprocas em 115% a partir desta quarta-feira (14/5) e por um prazo de 90 dias. Com isso, as taxas americanas sobre importações chinesas serão reduzidas de 145% para 30%, enquanto as chinesas sobre produtos americanos passarão de 125% para 10%.
No cenário interno, os investidores acompanharam a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). O documento foi bem-recebido pelo mercado, ao destacar o clima de incerteza da economia e reforçar a necessidade de juros altos por mais tempo. A taxa básica brasileira, a Selic, está em 14,75% ao ano.
Das 87 ações que compõem o Ibovespa, 69 registravam alta por volta das 16 horas desta terça-feira. Outras nove estavam estáveis e dez em queda. Entre os destaques do pregão, ficou a Hapvida, que chegou a disparar 11,3%, depois da divulgação de um lucro líquido de R$ 416,4 milhões no primeiro trimestre do ano. A quantia representa uma queda de 15,8%, ante o mesmo período de 2024, mas ficou acima da expectativa do mercado.
Ações de grande peso no Ibovespa também estavam em alta. Às 16h30, os papéis da Vale subiam 2,01% e os da Petrobras, 1,06%.
Deu em Metrópoles
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