A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi ao X criticar os “ataques canalhas de bolsonaristas, misóginos, machistas e de violência política”, mas não se pronunciou sobre a fala de Lula em solenidade no Palácio do Planalto em que o petista disse que nomeou a ex-presidente do PT por ela ser uma “mulher bonita”.
“Repudio os ataques canalhas de bolsonaristas, misóginos, machistas e de violência política. Desprezam as mulheres. Não me intimidam nem me acuam. Oportunistas tentando desmerecer o presidente Lula. Gestos são mais importantes que palavras. Não teve e não tem outro líder como o presidente Lula que mais empoderou as mulheres”, disse Gleisi.
A fala é uma referência ao discurso do deputado Gustavo Gayer (PL-GO), proferido nesta quarta-feira no Plenário da Câmara. O parlamentar declarou que Gleisi foi tratada como uma “cafetina” pelo presidente da República.
“Nós da Direita nos sentimos na obrigação de vir aqui e nos posicionar, prestando nossa solidariedade a uma mulher que foi tratada de forma tão desrespeitosa, como uma cafetina, por um cafetão, o Lula, Presidente da República, que praticamente a ofereceu como objeto sexual para poder fazer negociação com o Congresso”, declarou Gayer.
“Não é qualquer líder que ousa lançar a primeira mulher presidenta do país, a primeira presidenta do PT, o que mais nomeou mulheres ministras, nas estatais, no BB, na CEF, no STM e outros tantos lugares. Que moral vocês [da Direita] tem? Vocês esqueceram das entrevistas, dos vídeos em que Bolsonaro agrediu as mulheres, estimulando a violência política e física, o preconceito, o machismo?”, reagiu Gleisi nas redes sociais.
Além de Gleisi, como mostramos, as bancadas femininas da Câmara e Senado também reagiram à provocação de Gayer.
“As declarações do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) não só desrespeitam as mulheres na política, como também reforçam discursos machistas, misóginos e violentos que precisamos combater diariamente. O parlamento não pode compactuar com esse tipo de violência”, afirmaram as parlamentares.