Alimentos 17/02/2025 10:11
Preço do ovo dispara no atacado e pressiona supermercados
Consumo Aumenta Durante a Quaresma e Dificulta Controle de Preços
O preço dos ovos de galinha, uma das proteínas mais consumidas no Brasil, atingiu valores recordes no atacado, trazendo preocupações para supermercados, feirantes e consumidores.
De acordo com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), a valorização dos ovos se intensificou desde a segunda quinzena de janeiro, e os aumentos devem se manter até o final da Quaresma, período tradicionalmente marcado por alta demanda devido à redução do consumo de carne vermelha.
O aumento do preço dos ovos é atribuído a diversos fatores:
“‘As empresas iniciaram a programação de abastecimento das lojas para atender à demanda sazonal da Quaresma, mas a restrição na oferta e os aumentos sucessivos de preços preocupam os supermercados. Além disso, os consumidores também têm recorrido mais aos ovos de galinha devido à alta dos preços das demais proteínas,’” afirmou Márcio Milan, vice-presidente da Abras.
Segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP, o preço dos ovos no atacado alcançou o maior valor nominal desde o início da série histórica em 2013.
Outras regiões também registraram aumentos significativos:
Embora os aumentos no atacado sejam evidentes, os números do varejo ainda não refletem essa alta. Segundo a Abras, o preço do ovo em supermercados apresentou uma queda de 4,53% em 12 meses até dezembro, enquanto as carnes registraram aumentos expressivos, como cortes dianteiros (+25,25%) e traseiros (+20,05%).
Outro fator que preocupa os consumidores é a Portaria nº 1.179 do Ministério da Agricultura, publicada em setembro de 2024, que alterou as categorias de peso dos ovos.
De acordo com a Abras, a mudança na classificação reduziu o custo-benefício do alimento, impactando ainda mais os consumidores que enfrentam a alta dos preços.
A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) apontou que o aumento nos preços é sazonal, com retração na oferta entre dezembro e fevereiro. A expectativa é de que os preços continuem pressionados até a Quaresma, quando a produção e a oferta costumam se normalizar.
A Abras segue monitorando o impacto dos preços nos supermercados, enquanto os consumidores buscam alternativas para ajustar seus gastos em meio à inflação das proteínas.
Deu em ContraFatos
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