Com o resultado, o governo perdeu 11 pontos percentuais em “ótimo ou bom” em um período de 60 dias.
“O dia não clareia só de uma vez, ele vai clareando aos poucos. Desde o segundo semestre do ano passado mostra uma piora, não é um fenômeno novo. Mas o que surpreendeu é que em 60 dias a popularidade colapsa. Só tem paralelo com a Dilma Rousseff em 2013”, avaliou ao WW Leonardo Barreto, sócio da consultoria Think Policy.
Barreto observa “várias gafes” por parte da gestão nos últimos meses, que vão desde a relação com o Congresso até a economia. Porém, ressalta, sobretudo, os resquícios da má comunicação do governo sob Paulo Pimenta.
Daqui para frente, o sócio da Think Policy acredita que a agenda do governo será de reverter esse cenário e melhorar a relação com o eleitorado para 2026.
“Acredito que o Lula tem uma questão importante à frente dele que é uma talvez impossibilidade de reverter a situação pelos meios tradicionais. Antes, tentou arrancar um compromisso para que os presidentes de partido o apoiassem, ele queria um nível de disciplina e compromisso”, ponderou Barreto.
“Sem essa perspectiva de renovação de poder que o Datafolha traz, essa situação ficou ainda mais difícil”, concluiu.
Rafael Cortez também ressaltou que o governo enfrenta dificuldades na frente de relacionamento, sobretudo em relação ao Congresso e o andamento do Projeto de Lei do Orçamento de 2025, que segue travado no Legislativo.
“É um governo que tem mais dificuldade de lidar com o Congresso, um presidente mais fraco, especialmente no Orçamento. Está com as mãos mais amarradas”, disse o cientista político.
“Perda de popularidade entre os mais vulneráveis, perde a base que tinha e não consegue sustentar a coalizão de apoio das eleições de 22”, pontuou.
Deu em CNN