Uncategorized 14/02/2025 15:15
Bola de Neve: saiba quanto ganha um pastor da igreja evangélica
Após a morte do fundador da Bola de Neve, apóstolo Rina, instituição passou por disputa judicial em relação ao comando da sede religiosa
Nos últimos meses, a disputa pelo comando da Bola de Neve ganhou espaço na mídia e despertou a curiosidade do público. Composta por mais de 500 templos e com cerca de R$ 250 milhões de arrecadação anual, a instituição reúne milhares de pastores, líderes religiosos e fiéis.
Trata-se de uma igreja neopentecostal brasileira, com unidades inclusive no exterior. Foi aberta em São Paulo, em 1999, por Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, o apóstolo Rina, que morreu no ano passado.
De acordo com o Glassdoor, portal de recrutamento e carreira, o salário de pastor na Bola de Neve varia entre R$ 14 mil e R$ 16 mil. Procurada pelo Metrópoles, via assessoria de imprensa, a igreja não quis comentar a informação ou revelar o valor oficial.
Segundo o Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em salários registrados em carteira assinada no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a média de renda para a ocupação “ministro de culto religioso” no Brasil é de R$ 4.737.
Uma representante do Instituto de Estudos da Religião (ISER) ouvida pelo Metrópoles explica que não há um padrão para salários de pastores. “Os valores variam muito. Igrejas do ramo protestante histórico têm protocolos, tabelas. As pentecostais têm diversos procedimentos.”
Denise Seixas teria oficializado o Banco Bradesco, instituição financeira em que mantém a conta corrente da igreja, para cumprimento de ordem judicial. Ela havia solicitado o acesso a todas as contas de titularidade da Bola de Neve, após a morte do ex-marido.=
No entanto, a pastora acusou o conselho de ter passado a movimentar as receitas recebidas pela instituição religiosa por meio de outra conta bancária, mantida em outra instituição financeira, sob o nome fantasia BMP Money Plus, com razão social BMP Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e a Empresa de Pequeno Porte Limitada.
De acordo com a defesa de Denise, por meio da instituição financeira BMP Money Plus, os acusados teriam recebido as receitas de titularidade da igreja, mediante a emissão de notas fiscais. No processo, a pastora apresentou 10 comprovantes, supostamente emitidos entre janeiro e outubro de 2024, que totalizam mais de R$ 442 mil.
Na notificação judicial, equipe jurídica da pastora pediu que os envolvidos prestassem esclarecimentos necessários sobre a movimentação de contas correntes de titularidade dela, assim como a vigência de decisões judiciais no sentido de impedir a referida movimentação financeira, sob pena de incorrer na prática do crime de desobediência.
Conforme documento obtido pelo Metrópoles, a SIAF Solutions Serviços de Tecnologia Limitada, registrada no nome de Ribeiro, controlava a receita com dízimos e taxas e arrecadou cerca de R$ 492 mil por meio de 57 notas fiscais reunidas. A empresa de softwares, que também prestaria serviços para outras igrejas evangélicas, fornece maquininhas de cartão.
O objetivo seria supostamente “centralizar ao máximo toda a arrecadação de dízimos e doações”, segundo a denúncia. “Há a aplicação de uma taxa que pode variar de 3% a 5% sobre o total arrecadado nos templos da Igreja Bola de Neve”, diz a peça.
Entre as acusadas, também está a empresa Green Grid Energy, fundada por Ribeiro e responsável por serviços de consultoria financeira à igreja. O arquivo enfatiza que a companhia, criada em maio deste ano, declarou faturamento de R$ 6 milhões.
Outra empresa citada na denúncia é a Filhos do Rei Serviços de Conservação, que tem como sócia Kelly Cristina Ribeiro Bettio, irmã de Everton Ribeiro. Ela emitiu notas fiscais que chegam a um valor milionário, “embora não se tenha clareza acerca da natureza dos serviços contratados” pela Bola de Neve.
O conselho deliberativo da Bola de Neve diz que a gestão está “totalmente de acordo com a legislação e boas práticas de conformidade”. O colegiado também assegura que a igreja segue à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades competentes.
“Há mais de uma década, as contas e os contratos da organização são auditados anualmente e aprovados sem restrições por empresa multinacional, cuja expertise e seriedade são reconhecidas pela qualidade e regularidade dos serviços prestados. Os contratos questionados, aliás, datam de um período em que a própria pastora Denise fazia parte da direção da igreja”, apontou, em nota.
Citado na denúncia, Everton César Ribeiro argumentou que Denise Seixas faz acusações falsas. “Nossos contratos são regulares e auditados e foram firmados quando a pastora ainda ocupava a direção da igreja, o que permite concluir que ou ela age com má-fé ou omissão.”
Descrição Jornalista
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