Vacina 04/02/2025 09:49

Governo Lula distribui vacinas contra covid-19 desatualizadas

O contrato prevê quase 60 milhões de doses até 2026, mas o imunizante para a cepa JN.1 ainda aguarda análise

O Brasil está administrando  contra a covid-19 que não são a versão mais recente disponível.

O governo de Lula, através do Ministério da , está à espera da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária () para comprar a formulação mais atual.

A aquisição deve incluir quase 60 milhões de doses.

Os postos de saúde, hoje em dia, disponibilizam vacinas específicas para a variante  XBB.1.5. Essas foram produzidas no término de 2023 e receberam aprovação no Brasil no começo do ano anterior.

No entanto, essa cepa já não é mais aconselhada.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugeriu a atualização para a variante JN.1 em abril de 2024, sendo esta considerada a mais comum. Seguindo essa orientação, a Anvisa aprovou em setembro a utilização de vacinas adaptadas a essa nova cepa. Somente as empresas Pfizer e Moderna obtiveram a aprovação.

Embora o  tenha um contrato com a Zalika Farmacêutica para fornecer a vacina Covovax da Novavax, a versão adaptada para JN.1 ainda não foi aprovada no Brasil. No dia 4 de dezembro, a Zalika solicitou aprovação à Anvisa. A agência, por sua vez, fez demandas técnicas em 12 de dezembro.

A empresa atendeu aos requisitos em 23 de dezembro. A previsão é que a revisão seja finalizada na primeira semana de fevereiro.

A norma da Anvisa, divulgada em setembro de 2023, determina que vacinas antigas podem ser usadas por até nove meses após a aprovação de uma nova versão. Isso implica que a XBB.1.5 ainda está disponível no Brasil.

Contrato do governo com farmacêutica prevê fornecimento até 2026

O acordo com a Zalika estabelece o suprimento até 2026. A administração Lula tem a possibilidade de realizar a compra conforme a necessidade para prevenir o desperdício.

A participação na vacinação tem sido inferior ao previsto. Menos de 20% da população foi imunizada com quatro doses.

A partir do ano passado, a vacinação contra a covid-19 foi incluída nos cronogramas de imunização para crianças, idosos e grávidas. É recomendado que idosos com mais de 60 anos tomem uma dose a cada semestre. As grávidas precisam ser vacinadas em todas as gestações. Crianças de 6 meses a 5 anos devem aderir a um regime de duas a três doses, dependendo do fabricante da vacina.

Os outros grupos prioritários, como “indígenas”, “quilombolas”, “imunocomprometidos” e “trabalhadores da saúde”, continuam a ser vacinados de acordo com o esquema especial do PNI.

A recomendação é que os “imunocomprometidos” recebam reforços a cada seis meses. A recomendação para os restantes grupos é de uma dose anual.

As informações são da Revista Oeste.

Deu em ContraFatos

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista