Uncategorized 18/01/2025 10:25
Editorial do Estadão critica Governo Lula: “Já não governa; é governado”
Governo Recuado Diante da Pressão Popular
O jornal O Estado de S. Paulo, em editorial publicado nesta sexta-feira, 17, não poupou críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a revogação da normativa da Receita Federal sobre o Pix.
Classificando o ato como uma “demonstração de covardia”, o veículo argumenta que o governo deveria ter sustentado a medida caso acreditasse que ela era realmente benéfica.
“Ao ceder facilmente à pressão das redes, o presidente da República mostrou-se incapaz de defender até mesmo suas decisões mais comezinhas, como era o caso desta”, afirmou o jornal. “Isto é, Lula deu claros sinais de que já não governa – ao contrário, é governado.”
O editorial foi além, apontando que Lula, “o veteraníssimo”, não estaria sendo governado apenas por aliados experientes no Congresso, mas também por “um rapaz de 28 anos, mal entrado na política”.
O “rapaz” mencionado é o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que gravou um vídeo levantando suspeitas sobre os objetivos do governo ao determinar que bancos digitais e operadoras de cartões de crédito informassem movimentações acima de R$ 5 mil (pessoas físicas) e R$ 15 mil (pessoas jurídicas) à Receita.
De acordo com o Estadão, não importa se a intenção de Nikolas era levantar um debate legítimo ou simplesmente explorar politicamente o temor de pequenos empreendedores de terem sua renda fiscalizada. O impacto de seu vídeo, com mais de 200 milhões de visualizações, fala por si só. “O espírito de sua mensagem chegou com força ao mundo real”, destacou o editorial.
Além disso, o veículo apontou uma ironia: o parlamentar mineiro, segundo a análise, provavelmente gastou muito menos dinheiro para produzir seu vídeo do que o governo investiu em esforços para “contra-atacar a boataria”, mas foi “infinitas vezes mais bem-sucedido”. “Isso aconteceu porque ninguém mais acredita no governo”, concluiu.
A perda de credibilidade do governo nas redes sociais foi tamanha que levou Lula a entregar sua Secretaria de Comunicação a um especialista em marketing eleitoral. No entanto, o Estadão sugeriu que, diante da situação, “talvez fosse o caso de contratar um ilusionista”.
O editorial ainda revelou que, para enfrentar a crise de comunicação, o governo planeja gastar quase R$ 200 milhões em uma licitação para ampliar sua presença nas redes sociais. Mas o jornal não poupou críticas à iniciativa:
“Debalde: será jogar dinheiro no lixo, porque, a julgar pelo episódio da normativa da Receita, os brasileiros já se convenceram de que o único propósito do governo Lula é arrancar o suado dinheiro dos contribuintes para aumentar a capacidade do Estado de lhes atrapalhar a vida.”
Para o Estadão, o governo teria escolhido o caminho errado para enfrentar as críticas. O veículo argumenta que, se o objetivo fosse combater o discurso da oposição, o governo deveria ter adotado medidas claras para conter os gastos públicos e demonstrar um compromisso real em reduzir a pesada carga tributária que recai sobre os brasileiros.
Embora os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) tenham dado sinais de tentar seguir essa direção, os esforços foram prejudicados pelos “imperativos eleitoreiros do lulopetismo”.
“O governo, no entanto, prefere continuar a passar vergonha”, afirmou o jornal. O texto destacou que o governo não apenas revogou a normativa da Receita de forma “atabalhoada”, mas também editou uma medida provisória para garantir que o Pix não será taxado — algo que já estava previsto na legislação atual.
Assim, o uso de uma medida provisória — instrumento com força de lei e reservado para situações de urgência e relevância — foi considerado pelo Estadão apenas uma resposta “ao burburinho das redes sociais”.
O editorial finaliza com uma análise contundente sobre a liderança de Lula neste terceiro mandato: “Parece claro que Lula, outrora demiurgo, está a reboque dos acontecimentos e se limita a reagir a eles de maneira confusa e desorganizada.” Para o jornal, o presidente não apresenta um projeto claro para o país.
“Venceu a eleição com o discurso de que era necessário impedir a vitória de Jair Bolsonaro e o avanço das forças antidemocráticas, mas, uma vez no poder, viu-se refém de uma conjuntura muito mais espinhosa do que a de seus mandatos anteriores e hoje parece perdido – e incapaz de impor a sua versão dos fatos”, conclui o texto.
Deu em ContraFatos
Descrição Jornalista
Os mistérios que cercam a morte de JK
15/02/2025 16:43
Saiba onde estão acontecendo todos os terremotos no mundo
15/02/2025 15:39
A IA pode deixar você “burro”, dizem pesquisadores da Microsoft
15/02/2025 12:59
“Sniper” da Globo: O arquiteto dos dossiês no Jornal Nacional
04/02/2025 09:14
Nova regra da CNH surpreende motoristas que têm 60 anos ou mais
14/02/2025 09:28