Inflação 11/01/2025 12:05
Promessa de campanha: picanha e cerveja ficam mais caras com inflação acima da meta
Já a cerveja, outro produto associado à ideia de celebração durante os discursos de campanha de Lula, subiu 4,5% no ano.
A picanha e a cerveja, frequentemente mencionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua campanha eleitoral de 2022, encerraram 2024 com preços mais altos, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador oficial da inflação no Brasil, fechou 2024 com alta acumulada de 4,83%, superando o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 4,5%.
O grupo Alimentação e Bebidas, que teve uma inflação de 7,69%, foi o principal responsável pela alta do índice geral, contribuindo com 1,63 pontos percentuais para o IPCA do ano.
Entre os alimentos, a picanha, carne nobre que virou símbolo das promessas de Lula, registrou uma alta de 8,74% em 2024, acima da média do grupo Alimentação e Bebidas.
“Vamos voltar a reunir a família no domingo, com churrasquinho e vamos comer uma fatia de picanha e tomar uma cerveja gelada”, afirmou Lula em 2022, reforçando a popularidade do alimento como um símbolo de bem-estar para os brasileiros.
Já a cerveja, outro produto associado à ideia de celebração durante os discursos de campanha de Lula, subiu 4,5% no ano.
Enquanto a picanha teve alta significativa, outras carnes também apresentaram aumentos expressivos, como o patinho, carne mais acessível, que ficou 24% mais caro ao longo de 2024. As carnes, de maneira geral, registraram um aumento acumulado de 20,84% no ano, contribuindo substancialmente para o impacto na inflação.
Por outro lado, o ovo de galinha, uma opção de proteína mais barata, fechou o ano com uma deflação de 4,54%, tornando-se uma alternativa mais acessível para muitos consumidores.
A meta de inflação estabelecida pelo CMN era de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo, ou seja, o teto era 4,5%. Com o índice em 4,83%, o resultado ficou 0,33 ponto percentual acima do teto da meta e 0,21 p.p. superior ao IPCA de 2023, que foi de 4,62%.
Por causa desse descumprimento, o Banco Central terá que apresentar explicações formais ao governo.
A instituição informou que divulgará, às 18h desta sexta-feira (10), uma carta aberta destinada ao presidente do Conselho Monetário Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalhando as razões do descumprimento da meta, bem como as ações planejadas para trazer a inflação de volta ao centro da meta nos próximos anos.
Descrição Jornalista
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