Brasil 19/12/2024 08:22
Advogado de Braga Netto Descarta Delação e Assegura que Provará Inocência do General
Defesa Solicitará que o General Seja Ouvido com Urgência pela PF
O advogado José Luís de Oliveira Lima, que assumiu recentemente a defesa do general Walter Braga Netto, afirmou nesta quarta-feira (18) que não há possibilidade de delação premiada por parte de seu cliente.
A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Globo.
A prisão preventiva de Braga Netto foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sob a acusação de que o general teria tentado obstruir investigações sobre um suposto golpe de Estado após as eleições de 2022.
José Luís de Oliveira Lima destacou que a defesa, embora respeite o Judiciário e o STF, prepara uma petição para que o general seja ouvido pela Polícia Federal (PF) o mais rápido possível. Após o depoimento, a defesa solicitará a revogação da prisão preventiva. O advogado alega que não há justificativa para manter Braga Netto preso.
“Vamos provar a inocência do general”, declarou Lima, que é conhecido por atuar em casos complexos perante o STF e já defendeu figuras como José Dirceu e Pedro Guimarães.
A família de Braga Netto decidiu substituir o advogado Luis Prata por José Luís de Oliveira Lima quatro dias após a prisão do general e sua transferência para a Vila Militar no Rio de Janeiro.
O Exército Brasileiro realizou adaptações em suas instalações para acomodar Braga Netto, um general de quatro estrelas. Por lei, militares, tanto da ativa quanto da reserva, têm direito a cumprir pena em dependências das Forças Armadas. A prisão de um general desse nível em um período democrático é considerada inédita.
A PF também mencionou uma reunião realizada em 12 de novembro de 2022 na casa de Braga Netto para discutir um possível atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
A defesa de Braga Netto está determinada a provar sua inocência e contestar as evidências apresentadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
Segundo José Luís de Oliveira Lima, não há elementos que justifiquem a prisão preventiva e as acusações contra o general.
Deu em ContraFatos
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