Meio Ambiente 29/11/2024 18:58

Fotos tiradas com 6 décadas de diferença mostram geleira derretendo no Ártico

Região aquece mais rápido do que o resto do planeta, em fenômeno conhecido como "amplificação do Ártico". Esta imagem opõe a situação atual com o cenário do início do século 20; veja

Desde 2002, o fotógrafo Christian Åslund documenta o recuo de geleiras no arquipélago de Svalbard, no Ártico.

Quando começou os registros, comparou suas imagens com fotografias do Instituto Polar Norueguês, feitas no início do século 20, e descobriu que a geleira Blomstrandbreen já havia recuado quase 2 km desde 1928.

“Elas ilustram a rapidez com que nosso planeta está mudando à medida que a crise climática se agrava”, afirmou Christian, em comunicado do Greenpeace.

“O Ártico é a nossa sentinela climática – é onde as crises climáticas e oceânicas convergem e onde os impactos dessas crises são vistos primeiro e sentidos com mais intensidade.”

Além de provocar o aumento do nível do mar, o derretimento de geleiras expõe o oceano mais escuro. Em vez de refletir calor, como o gelo branco faz, ele o absorve.

Por isso, a região passa por um fenômeno conhecido como “amplificação do Ártico”: em 2022, um estudo mostrou que o Ártico estaria aquecendo quase quatro vezes mais rápido do que o resto do mundo, e que, entre 1979 e 2021, a temperatura na região aumentou 0,73°C por década.

O impacto desse aumento está no contraste entre as imagens de Christian e aquelas tiradas há seis décadas.

“Espero que essas fotos sirvam como um lembrete para as pessoas de que todos nós podemos fazer algo para tentar coletivamente mudar essa maré”, disse o fotógrafo à revista New Scientist.

“Temos uma responsabilidade global de desacelerar a mudança climática. Não acho que seja tarde demais.”

Em publicação no Instagram, o Greenpeace retrata as mudanças em uma geleira do Ártico em quase cem anos:

Deu em Galileu
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista