Empresas 30/09/2024 11:29

“Licença por infelicidade”: empresário dá folga para funcionários que estão tristes

Ideia de Yu Donglai é aumentar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional

Um empresário decidiu criar uma política interna um pouco diferente na companhia do qual é dono  China  e que vem chamando muito a atenção no país: a “licença por infelicidade” .

Com ela, os trabalhadores podem tirar um dia de folga quando estiverem se sentindo estressados, tristes ou desanimados. O mais curioso é que esse tipo de licença não precisa nem da aprovação do líder da empresa.

A ideia é de Yu Donglai, fundador e presidente da rede de varejo Pang Dong Lai, e tem o intuito de ajudar os funcionários a alcançar um equilíbrio maior entre a vida pessoal e profissional.

A única restrição é que os trabalhadores têm um limite de licenças que podem tirar por ano, sendo de 10 dias.

“Quero que todos os funcionários tenham liberdade . Todo mundo tem momentos em que não está feliz, então, se você não estiver feliz, não venha trabalhar”, disse ele quando anunciou a ideia durante a  China Supermarket Week 2024, em março deste ano.

De acordo com ele, os funcionários podem determinar o tempo de descanso de forma livre. “Esta licença não pode ser negada pela gerência. A negação é uma violação”, afirmou Yu.

Como as empresas chinesas são conhecidas por longas jornadas de trabalho , a ideia dele era criar um “ambiente de trabalho semelhante ao europeu”, segundo ele.

Na empresa de Yu, que conta com mais de 7 mil funcionários, eles trabalham apenas sete horas por dia, folgam nos fins de semana e têm direito a algo entre 30 a 40 dias de férias por ano, além de cinco folgas durante o Ano Novo Chinês.

“Prêmio de Reclamação”

Além disso, a empresa de Yu também criou o chamado “Prêmio de Reclamação”. Com ele, os funcionários ganham de 5 mil a 8 mil yuans (cerca de R$ 3,8 mil a R$ 6,2 mil) como compensação por lidar com reclamações ou quando são maltratados por clientes.

De acordo com o empresário, a nova regra tem valido a pena, já que menos de 5% dos funcionários deixam a empresa a cada ano.

Ele já chegou a receber o apelido de “chefe mais idiota da China” por defender qualidade de vida no país. “Não queremos ser grandes. Queremos que nossos funcionários tenham uma vida saudável e relaxada, para que a empresa também tenha”, disse ele.

Deu em IG

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista