Redes Sociais 15/09/2024 10:22
Governo da Austrália vai fixar idade mínima para uso das redes sociais
Medida propõe que a idade mínima seja entre 14 e 16 anos; projeto será enviado para o Parlamento ainda este ano
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou que o governo vai fixar uma idade mínima, que deve ser entre 14 e 16 anos, para o uso das redes sociais.
Segundo o político, a determinação de uma lei nacional atende a uma preocupação dos responsáveis pelas crianças e “tira a pressão dos pais e professores e os apoia com a autoridade do governo e da lei”.
“Claro, os pais já têm a opção de proibir celulares ou plataformas de mídia social específicas para seus filhos. Mas quando o fazem, eles enfrentam a força poderosa da pressão dos colegas e ninguém quer fazer com que seu filho seja o estranho”, argumentou.
Albanese reconheceu a importância das inovações tecnológicas, mas destacou que a internet pode ser um espaço perigoso, com golpistas, predadores on-line e onde crianças podem estar expostas a uma série de pressões sociais.
“Como qualquer coisa, à medida que envelhecemos, a maioria de nós fica melhor em identificar as falsificações e os riscos e desenvolvemos a resiliência para ignorar a maldade. Aprendemos que nossos seguidores não são necessariamente nossos amigos e aprendemos a não nos medir com os padrões inatingíveis de imagens com curadoria”, destacou. Isso, porém, é um processo ainda mais complicado para as crianças.
“Quero que os jovens australianos cresçam brincando ao ar livre com os amigos, no campo de futebol, na piscina, experimentando todos os esportes que despertam seu interesse, descobrindo música e arte, sendo confiantes e felizes na sala de aula e em casa”, destaca.
“Ganhando e crescendo com experiências reais, com pessoas reais”. Para Albanese, a medida é não só uma forma de tranquilizar os pais e responsáveis, mas de proteger a infância.
A medida ainda é estudada pelo governo em parceria com o Comitê de Segurança Eletrônica (eSafety Commissioner) da Austrália e deve ser enviada para o Parlamento antes do fim do ano.
Deu em Correio Braziliense