Necessidade de criar baterias menos poluentes

As descobertas, descritas em um estudo publicado na revista Nature Communications, alertam que o aumento nas vendas de veículos elétricos podem acabar gerando também prejuízos ao meio ambiente em função do maior número de PFAS.

Segundo o trabalho, “reduzir as emissões de dióxido de carbono com inovações como os carros elétricos é importante, mas isso não deve vir acompanhado com um efeito colateral como aumentar a poluição por PFAS”.

A classe específica de PFAS analisada é chamada de bis-perfluoroalquil sulfonimidas, ou bis-FASIs.

Os cientistas testaram mais de uma dúzia de baterias de íons de lítio usadas em veículos elétricos e eletrônicos de consumo, como laptops, e encontraram as substâncias em diferentes concentrações.

PFAS têm sido associados a uma série de problemas de saúde (Imagem: Francesco Scatena/Shutterstock)

De acordo com a pesquisa, os níveis identificados são muito mais altos do que os limites que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA estabeleceu para PFAS na água potável em abril deste ano.

Os dados ainda sugerem que estes produtos químicos não ficam concentrados apenas em um local, podendo viajar longas distâncias e gerando prejuízos também em outras regiões.

A conclusão dos cientistas é que os fabricantes de elétricos precisam desenvolver novos produtos ou formas de reduzir a poluição por PFAS.

Deu em Olhar Digital