Comportamento 07/04/2024 08:42

Casa Branca apela para que jornalistas parem de furtar itens a bordo do Air Force One

Fronhas, toalhas, copos, pratos com bordas douradas e até cobertores personalizados estão sendo retirados da aeronave

Fronhas, toalhas, copos, pratos com bordas douradas e até cobertores. Estes são alguns dos itens que jornalistas credenciados para cobrir as viagens da presidência dos Estados Unidos a bordo do famoso Air Force One estão retirando — sem autorização — do avião presidencial.

A prática anda tão corriqueira que o presidente da Associação de Correspondentes da Casa Branca enviou um lembrete firme aos repórteres que viajam no Força Aérea Um: é proibido retirar itens do avião.

Kelly O’Donnell, da NBC, disse a seus colegas que essa prática antiga e bastante comum de retirar objetos do avião presidencial “afeta a imagem da imprensa como um todo”, segundo depoimentos coletados por pessoas que tiveram acesso à mensagem, que segundo reportagem do Aviacionline, deveria ser confidencial.

A iniciativa de O’Donnell surgiu depois que a assessoria de imprensa recebeu uma mensagem de Brie Moore, ex-diretor responsável pela imprensa do Air Force One, notificando que vários itens estavam desaparecendo do avião após uma recente viagem à Costa Oeste.

O desespero pela falta dos objetos é tão forte que Moore ofereceu anistia e anonimato aos repórteres durante uma viagem, em troca da devolução de todos os itens que eles haviam levado.

Encontro discreto: 

Depois de marcar um encontro discreto com um representante da Casa Branca, um repórter aceitou a oferta e entregou uma fronha bordada com o emblema do Força Aérea Um num ponto de encontro perto da estátua de Andrew Jackson, na Liberty Square. Ele foi o único repórter a responder ao pedido.

O Escritório de Viagens da Casa Branca observou que levar itens com o logotipo do Força Aérea Um — incluindo talheres e toalhas — tem sido uma prática comum há anos e agora está tentando acabar com esse rito de passagem.

A Casa Branca esclarece que o objetivo da medida não é envergonhar ou punir quem retirou itens do avião, mas sim enviar uma mensagem clara de que os furtos devem parar. Um ex-funcionário do governo descreveu a prática como “furto mesquinho, mas crônico”.

Às vezes, os jornalistas recebem pequenos pacotes de chocolates M&M decorados com o selo presidencial como lembrança, e itens semelhantes aos disponíveis a bordo podem ser adquiridos online.

No entanto, “os copos vendidos no site [da Força Aérea] não são os mesmos que estão no avião”, disse outro ex-funcionário do governo.

“O mesmo vale para cobertores. É por isso que os objetos a bordo são tão cobiçados.”

Deu em R7
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista